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Ciclone atinge sul da Ásia, deixando vítimas e milhares de desabrigados

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Ciclone atinge sul da Ásia, deixando vítimas e milhares de desabrigados - 1

O Ciclone Mocha atingiu neste domingo (14) os países de Mianmar e Bangladesh, no sul da Ásia. Com ventos de até 210 km/h, a tempestade deixou pelo menos 29 vítimas. Mais de 750 mil habitantes de vilarejos litorâneos haviam sido evacuados antes do fenômeno atingir a terra firme.


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Os fortes ventos ainda deixaram cerca de 700 feridos e danificaram estruturas como monastérios e escolas na costa de Mianmar. Ao longo do litoral dos países, cidades foram inundadas, árvores derrubadas e diversos deslizamentos de terra ocorreram. A rede de energia e de comunicação na região também foi afetada.

De acordo com a ONU, o Ciclone Mocha foi uma das maiores tempestades a atingir Mianmar e sua intensidade estaria relacionada às mudanças climáticas. Em 2008, porém, o Ciclone Nargis matou quase 140 mil pessoas na região do delta do Rio Irrawaddy, no sul do país. O Mocha encontra-se, desde a metade desta segunda-feira, enfraquecendo, tendo sido rebaixado para a categoria de depressão tropical — com ventos abaixo de 60 km/h.

Passagem do Ciclone Nargys por Mianmar em 2008. O desastre deixou mais de 140.000 mortos (Imagem: Mohd Nor Azmil Abdul Rahman/Wikimedia Commons)
Passagem do Ciclone Nargys por Mianmar em 2008. O desastre deixou mais de 140.000 mortos (Imagem: Mohd Nor Azmil Abdul Rahman/Wikimedia Commons)

Uma das principais preocupações das autoridades em relação ao desastre era a região de Cox’s Bazar, em Bangladesh. A região na fronteira entre os dois países afetados serve como um dos maiores campos de refugiados no mundo, abrigando mais de um milhão de pessoas da etnia rohingya. Esta minoria muçulmana foi obrigada a deixar Mianmar — majoritariamente de etnia birmanesa e religião budista — após a intensificação de sua perseguição étnica em 2016.

O ciclone não passou, como era previsto, diretamente sobre o campo de refugiados, mas ainda deixou pelo menos 2 mil casas destruídas e mais 10 mil danificadas, segundo autoridades bangladesas, que ainda avaliam o dano.

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Fonte: Canaltech