Desde a semana passada, o Rio Grande do Sul sofre com fortes chuvas, enchentes e inundações que assolam o estado. De acordo com informações do último boletim da Defesa Civil (DCRS), até as 12h deste último domingo (5), já foram constatadas 75 mortes, sendo outras seis ainda em investigação. Além disso, 155 pessoas ficaram feridas e 103 estão desaparecidas.
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AGORA | “A cidade está devastada. É uma guerra. Vamos ter que reconstruir a cidade. São 180 mil pessoas atingidas”. Afirmações do prefeito de Canoas Jairo Jorge agora na @recordrsoficial 📷 Reprodução pic.twitter.com/3gGQVFj8PB
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Segundo as autoridades, este é o pior desastre climático da história do Rio Grande do Sul, superando inclusive a marca dos 54 óbitos em 2023, quando um ciclone extratropical causou uma verdadeira catástrofe no estado.
Danos e pessoas desabrigadas no RS
As fortes pancadas de chuvas torrenciais causaram enchentes devido a uma área de forte instabilidade no Norte do estado, principalmente na região da Serra Gaúcha. Entre sábado (4) e domingo (5), a chuva avançou em direção ao Sul e segue com intensidade entre o Centro e Leste do RS.
🔴 AGORA | Enchente catastrófica e sem precedentes em São Leopoldo, na Grande Porto Alegre. Todas as cidades da região metropolitana, onde vivem cerca de 4 milhões, sofrem efeitos da chuva e das enchentes dos rios. 📷 WhatsApp pic.twitter.com/vQHlBMr4yn
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Após o temporal deste sábado (4) na Grande Porto Alegre, o cenário parecia de guerra, segundo informa o portal MetSul. A capital e demais cidades da região metropolitana se viram submersas em uma grande inundação do rio Guaíba, que ultrapassou a marca histórica de 5 metros.
Na capital, as águas tomaram conta do Centro Histórico, onde é possível ver barcos navegando pelas ruas. O mau tempo impede até mesmo que residentes e voluntários saiam ou cheguem a Porto Alegre de avião, já que grande parte do Aeroporto Internacional Salgado Filho também foi inundada com o agravamento da enchente.
Ninguém fica pra trás!
Polícia Civil atua neste momento nos resgates de pessoas e animais, em Canoas. pic.twitter.com/mDtPelE8qP— Governo do Rio Grande do Sul (@governo_rs) May 4, 2024
A catástrofe resultou em 95,7 mil pessoas que se viram obrigadas a abandonarem suas próprias casas. Ao todo, a contagem já determina que 104,6 mil habitantes estão desalojados e 16,6 mil desabrigados.
Do total do estado, que conta com 497 municípios, 67% já foi impactado pelos temporais (334 municípios afetados). Além de pessoas, a Polícia Civil também atua no resgate de animais.
Rodovias e rede elétrica
Os danos atingiram também as rodovias gaúchas. Há bloqueios totais e parciais em 113 trechos de 61 rodovias em todo o estado.
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Segundo informações dos mais recentes balanços das infraestruturas estaduais, mais de 420 mil pontos do Rio Grande do Sul estão sem energia elétrica e 839 mil residências não recebem abastecimento de água.
No final da manhã deste domingo (5), uma comitiva composta por 13 ministros, representantes do exército, do Supremo Tribunal Federal, Da Câmara dos Deputados, do Senado, do Tribunal de Contas da União e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcaram na Base Aérea de Canoas (RS) para acompanhar as operações de resgate e assistência às vítimas e buscar soluções na recuperação das regiões afetadas.
Como ajudar
Para ajudar o estado e sua população, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul listou itens que podem ser doados para as vítimas do temporal. Calçados, roupas e medicamentos não integram a lista, pois os depósitos já têm grande volume desses materiais. Os itens de maior necessidade são:
- Colchões novos ou em bom estado;
- Roupa de cama;
- Roupa de banho;
- Cobertores;
- Água potável;
- Ração animal;
- Cestas báscias, preferencialmente fechadas.
As doações podem ser levadas para Central Logística. O endereço é na Avenida Joaquim Porto Villanova, 101, Jardim Carvalho, em Porto Alegre. Doadores de outros estados devem procurar locais que estão recebendo materiais em suas cidades.
Empresas, organizações da sociedade civil e grupos de serviço que pretendem enviar doações devem entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone (51) 3120-4255 para informações sobre envio e logística de materiais.
O governo ainda reativou o canal de doações por Pix para ajudar as vítimas. Foi restabelecida a chave Pix (CNPJ: 92.958.800/0001-38), a mesma utilizada no ano passado, vinculada à conta bancária aberta pelo Banrisul. Saiba mais no site do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
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Fonte: Canaltech