A China lançou sua primeira missão orbital com um foguete abastecido por metano. O sucesso do lançamento representa um marco significativo, porque o composto tem menor custo e é também mais amigável ao meio ambiente que os propelentes líquidos convencionais.
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Desenvolvido pela empresa privada Landspace, o foguete Zhuque-2 (ou apenas ZQ 2) deixou a plataforma do Centro de Lançamentos de Jiuquan e chegou à órbita. O veículo tem quase o mesmo tamanho dos foguetes da família Long March, e é capaz de levar satélites a órbitas heliossíncronas ou à órbita baixa da Terra.
😮Wow! Such a unique angle to watch a rocket launch. Bird view of Zhuque-2 Y2 methane rocket launch shot by a drone right above the launch pad. Full HD: https://t.co/fACfZOvEO0 https://t.co/FdgI1NMo6O pic.twitter.com/Pz3oSlBLGF
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–— CNSA Watcher (@CNSAWatcher) July 12, 2023
Embora o metano seja 20% menos denso que o querosene, o impulso produzido a cada unidade de propelente é levemente menor. Ainda, o composto se sai melhor na manutenção do motor do veículo, prolongando sua vida útil.
Apesar de o metano contribuir para o efeito estufa, o propelente produzido com este composto tem maior eficiência de queima. Isso significa que os resíduos deixados são significativamente menores, reduzindo o impacto ambiental.
Nesta missão, o ZQ 2 levou uma carga útil experimental à órbita baixa da Terra. Com o desfecho positivo, o ZQ 2 se tornou o maior e mais potente foguete privado da China — e ainda largou à frente de veículos concorrentes, como o foguete Starship, da SpaceX, que também é abastecido por metano e oxigênio líquido, mas ainda não conseguiu chegar à órbita.
A empresa já havia feito outras tentativas de lançamento do foguete, sem sucesso. Uma delas aconteceu em dezembro, e na ocasião, o ZQ 2 sofreu uma anomalia. Com o ocorrido, o segundo estágio, bem como os satélites que seriam levados ao espaço, acabaram perdidos. A Landscape vem investigando a falha, e ainda não revelou o que a causou.
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Fonte: Canaltech