A grande parte dos brasileiros já realizou pagamentos por cartão de crédito e débito ou então “já fez um Pix”. O que a maioria não sabe é que isso faz parte de um projeto de cashless economy, que consiste em um modelo econômico sem dinheiro em espécie.
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Os métodos de pagamento digitais estão ganhando cada vez mais espaço no país, incluindo desde os pagamentos por aproximação até o Pix. Segundo os dados apresentados no Relatório de Tendências 2022, da Zoop, entre os meses de janeiro e outubro de 2021, R$ 40 bilhões em espécie deixaram de circular no país — montante 10,5% menor que o ano anterior.
Enquanto isso, desde o seu lançamento há dois anos, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, com 117,7 milhões de brasileiros cadastrados. As carteiras digitais, como PicPay, também ganham destaque pela rápida adesão do público.
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Segundo uma pesquisa da Federação de Bancos do Brasil (Febraban), cerca de 87% das entidades financeiras entrevistadas afirmaram que alta expectativa dos clientes impulsionaram os esforços para a digitalização dos bancos. No Brasil, o Banking as a Service (BaaS) gerou uma receita de US$1,392 bilhões (R_jobs(data.conteudo)nbsp;7,28 bilhões) em 2021, representando 73% da receita total da América do Sul.
Com isso, é possível traçar o cenário em que um mundo sem dinheiro físico não é tão estranho, considerando a facilidade em que o brasileiro adotou métodos alternativos, principalmente para pagamentos à distância com o crescimento do e-commerce. O Brasil ainda tem mais um projeto no forno para contribuir com esse futuro: o Real Digital.
Real digital

O Brasil é um dos países mais avançados no desenvolvimento da moeda digital de Banco Central (CBDC, em inglês): o Real Digital. O dinheiro virtual será pareado com a moeda fiduciária do país e visa desenvolver uma tecnologia segura e eficaz para melhorar os serviços da Open Finance e se preparar para a economia da Web 3.0.
A professora da PUC-SP e ESPM, Cristina Helena P. Mello, em entrevista para o portal Prensa, afirma que os brasileiros já utilizam uma moeda digital, ao realizarmos pagamentos através do Pix ou por aproximação. “A diferença, agora, é a tecnologia que está por trás do que estamos chamando de Moeda Digital”.
A tecnologia será baseada em blockchain, a mesma utilizada para criptomoedas, mas terá como principal responsável o Banco Central do Brasil — ao contrário do que é proposto pelas finanças descentralizadas (DeFi).
Em entrevista a Exame, Fábio Araújo, coordenador do projeto de desenvolvimento do Real Digital, explica que a proposta é “construir uma plataforma de programabilidade para meios de pagamentos com uso de protocolos de finanças descentralizadas, de pagamento contra entrega, de pagamento contra pagamento e aplicações para internet das coisas”.
Apesar de já estar sendo testado, a previsão é que o real digital seja lançado apenas em meados de 2024.
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Fonte: Canaltech