A Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac) revelou em uma nota que as primeiras unidades de reais digitais ainda não foram emitidas. Os responsáveis anunciaram que os protótipos iniciais devem sair somente em 2023 e a moeda digital permanece em fase de análises.
A iniciativa é realizada pelo Laboratório de Inovações Financeiras Tecnológicas (LIFT) — ecossistema de inovação criado em 2020. Este é responsável por organizar o Lift Challenge, que visa identificar as características fundamentais de uma infraestrutura para a CBDC brasileira e analisar as propostas de uso da moeda digital.
Segundo a Fenasbac, não há previsão para a emissão do Real Digital dentro do escopo e da vigência do Lift Challenge: Real Digital. Conforme os planos da entidade, a conclusão do laboratório está prevista para acontecer entre o fim deste ano e o início do próximo. A fase de testes dos projetos pilotos deve se estender até a primeira metade de 2024, com o lançamento oficial ocorrendo no segundo semestre.
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O real digital e o PIX
Tendência ao redor do mundo, a criação de moeda digital controlada pelo governo (CDBC) vem sendo testada em países como China, França, Nigéria, Uruguai e Canadá, que já estão mais avançados. A maioria busca por eficiência para pagamentos e transferências imediatas. No caso do Brasil, já alcançamos esse tipo de agilidade através do bem-sucedido Pix, que vem batendo recordes e já é o método de pagamento mais utilizado por pequenos empreendedores.
Aristides Andrade Cavalcante Neto, chefe-adjunto do Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central, explicou em um evento realizado em setembro que, enquanto o PIX é uma forma digital baseada em reservas bancárias, o real digital não tem uma única fórmula, tendo diferentes aplicações para tratar problemas diferentes.
Para que serve o real digital?
O desenvolvimento do real digital faz parte do plano de transformação digital do Banco Central que visa modernizar o sistema bancário e financeiro brasileiro, assim como reduzir a circulação do dinheiro em espécie. Além disso, o BC pretende aproveitar a segurança da rede blockchain para a utilização de contratos inteligentes, diminuindo as chances de fraudes e golpes.
Riscos da implementação dos reais digitais
Algumas discussões ainda se mantêm em aberto sobre os riscos que a moeda digital brasileira pode trazer. Uma das principais preocupações é na questão da segurança, visto que as transações vão migrar de um ambiente regulado para o blockchain — sistema descentralizado de registros.
Outro impacto é a fiscalização de fraudes e a prevenção à lavagem de dinheiro. Seria de responsabilidade dos órgão reguladores estabelecer ferramentas para impedir tais questões, assim como definir normas e medidas a serem seguidas por instituições financeiras que utilizem a CBDC brasileira.
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Fonte: Canaltech