Não é de hoje que a Mozilla faz do Firefox um navegador focado em segurança e privacidade do usuário final — recentemente, em fevereiro, o programa ganhou uma nova política de cookies que impede o compartilhamento de informações a respeito do usuário entre múltiplos sites. Algo bastante útil para evitar que você fique vendo anúncios sobre determinada marca após fazer uma simples pesquisa sobre ela.
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Desta vez, para sua próxima compilação (versão 87) que será lançada nesta terça-feira (23), o software ganha outro recurso interessante para proteger a privacidade do usuário: a remoção de strings de consultas de cabeçalhos de referência HTTP. Trata-se de mais uma forma que os sites possuem de rastrear a sua atividade, principalmente para identificar a origem de alguém que clicou em um anúncio publicitário.
“Os navegadores enviam o cabeçalho HTTP Referrer para sinalizar a um site qual local ‘referiu’ o usuário ao servidor desse site. Mais precisamente, os navegadores enviam a URL completa do documento de referência (geralmente a URL na barra de endereço) no cabeçalho com quase todas as solicitações de navegação ou sub-recurso (imagem, estilo, script). Essas informações de referência podem ter usos razoavelmente inocentes, incluindo análises, registro ou otimizar o armazenamento em cache”, explica a empresa.
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Desde os anos 2016 e 2018, porém, existem as Políticas de Referência, que foram criadas justamente para cortar dados pessoais desnecessários desses cabeçalhos; porém, caso um site não estabeleça uma política bem definida, o navegador por padrão escolherá a “no-referrer-when-downgrade”, que adiciona todos os parâmetros possíveis quando você navega de uma página HTTPS para HTTP.
“A partir do Firefox 87, definimos a Política de Referência padrão como ‘strict-origin-when-cross-origin’, que cortará as informações confidenciais do usuário na URL. Essa nova política de referenciador mais rígida não apenas cortará as informações para solicitações que vão de HTTPS para HTTP, mas também cortará o caminho e as informações de consulta para todas as solicitações de origem cruzada”, descreve a Mozilla.
A novidade deve vir ativada por padrão na nova atualização do software.
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Fonte: Canaltech