Brasil

77 dias para a Copa do Mundo: Grzegorz Lato, a lenda polonesa dos 7 gols em 7 jogos no Mundial de 1974

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Achou que não teríamos uma curiosidade de Copa do Mundo envolvendo o número 77? Bem, você quase acertou. Faltando apenas 77 dias para o início do Mundial do Catar, tivemos que apelar para a criatividade e para o improviso nesta pílula histórica de hoje: falaremos sobre uma lenda do futebol mundial que por muitos anos vestiu a camisa 7, e que na Copa de 1974, apavarou as defesas rivais com 7 gols marcados em 7 partidas disputadas.

Nascido em 8 de abril de 1950 em Malbork, na Polônia, Grzegorz Bolesław Lato iniciou sua carreira como jogador de futebol no modesto Stal Mielec, clube no qual permaneceria ao longo de 14 anos. Durante esse período, conduziu sua equipe ao título nacional em duas ocasiões: 1972/73 e 1975/76, feito que o elevou ao status de ídolo atemporal dos Azuis e Brancos, afinal, eram as primeiras taças de primeiro nível conquistadas pelo Mielec.

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Grzegorz lato em ação na Copa do Mundo pela Polônia | STAFF/GettyImages

Ao mesmo tempo em que brilhava no futebol local, Lato se transformava em uma das maiores referências da “geração dourada” da Polônia: no ano de 1972, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Munique, batendo a Hungria na decisão; em 1976, ficou com a medalha de prata nas Olimpíadas de Montréal, marcando o gol único do time polonês na derrota por 3 a 1 para a Alemanha na decisão. Dois pódios em duas participações olímpicas,

Mas o maior desempenho individual de Lato em sua longínqua e bem sucedida carreira com a camisa da Polônia aconteceria no intervalo destes dois torneios citados: em 1974, na Alemanha Ocidental, disputou a primeira das três edições de Copa do Mundo que teve oportunidade de participar. E por muito pouco não adentrou o rol de campeões mundiais.

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Grzegorz Lato, o maior ídolo do futebol polonês por seus feitos com a seleção | Keystone/GettyImages

Sorteada no Grupo 4 ao lado de Argentina, Itália e Haiti, a Polônia terminou a fase classificatória com 100% de aproveitamento, marcando 12 gols e sofrendo apenas três. Inspirado, Lato foi responsável direto por 1/3 dos tentos de sua equipe, anotando dois gols contra a Argentina e outros dois diante do Haiti. Passou em branco somente contra a Itália, partida que marcou o fechamento da chave: 2 a 1 para os poloneses, gols de Szarmach e Deyna. Capello descontou para a Azzurra.

Na segunda fase, disputada também sob formato de grupos – duas chaves com quatro seleções, as oito melhores da primeira fase -, Lato seguiu empilhando gols: marcou o tento da vitória por 1 a 0 sobre a Suécia e anotou o gol decisivo do triunfo por 2 a 1 sobre a Iugoslávia. O duelo derradeiro da chave, que decidiria seu vencedor (e finalista da Copa do Mundo) colocou Polônia e Alemanha frente a frente. Os esforços de Lato e cia. foram grandes, mas não foram páreo para o time que tinha Beckenbauer e Gerd Müller.

A vice-liderança no Grupo B da segunda fase jogou a Polônia para a disputa do terceiro lugar contra a Seleção Brasileira, segunda colocada do Grupo A. E diante da Canarinho de lendas como Rivellino e Jairzinho, Lato deixaria sua marca pela sétima vez no torneio, decidindo a vitória de sua seleção por 1 a 0. Medalha de bronze e melhor campanha histórica dos poloneses em um Mundial, com o selo de qualidade de uma lenda local que, vestindo a 16 ou 7 – os dois números mais utilizados de sua carreira -, levou alegrias ao torcedor de seu país.

Fonte: 90min