16 hospitais e mais de 160 clínicas e centros de saúde em quatro estados americanos estão com os atendimentos paralisados desde a última quinta-feira (03) após um suposto ataque de ransomware. O golpe atingiu a rede da Prospect Medical Holdings e ainda causa transtornos, com direito à interrupção de serviços de emergência e suspensão de cirurgias eletivas em diferentes unidades.
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O caso está sendo investigado pelo FBI, com os relatos sobre o que aconteceu variando de acordo com a fonte. Enquanto o órgão federal diz não poder dar mais detalhes sobre um caso em andamento, a empresa responsável pela administração dos hospitais e clínicas já confirmou ter sido vítima de um incidente de segurança digital, que teria envolvido dados e impedido o funcionamento dos sistemas.
Após a identificação do incidente, a Prospect disse ter tomado a decisão de desligar seus sistemas de tecnologia, que permaneceriam inativos até esta segunda-feira (07). Enquanto isso, a informação de que se trata de um golpe de ransomware vem da imprensa local. No estado da Pennsylvania, onde estão quatro dos hospitais cujas atividades foram interrompidas, o caso foi citado diretamente como sequestro de dados.
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Enquanto nenhum pedido de resgate foi feito, com criminosos ainda não tendo assumido a autoria do ataque, as interrupções já entram em seu quinto dia. No hospital Waterbury, centro de referência da quinta maior cidade do estado americano do Connecticut, atendimentos de urgência ainda estão sendo realizados com prontuários de papel enquanto os sistemas digitais permanecem desligados; exames estão sendo direcionados a outros centros de saúde, enquanto consultas e cirurgias eletivas serão remarcadas.
A Prospect não deu previsão de quando os sistemas serão reestabelecidos, mas afirmou estar trabalhando com agências federais de cibersegurança na investigação e mitigação. Casos assim levantam a atenção das autoridades americanas, principalmente no atual contexto de tensão política internacional e temor quanto a ondas de ataques cibercriminosos contra serviços essenciais e sistemas governamentais ou de saúde.
Em menos de um ano, este é o segundo ataque cibercriminoso em grande escala a atingir redes hospitalares dos Estados Unidos. Em outubro de 2022, um golpe de ransomware contra a rede CommonSpiritHealth, a maior organização do setor nos EUA, também levou ao fechamento temporário de unidades de saúde e ao vazamento de dados de mais de 623 mil pacientes e acompanhantes, incluindo prontuários e outras informações sensíveis.
Em comunicado, a Agência Nacional de Cibersegurança e Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês), disse que os ataques envolvendo a Prospect Medical Holdings evidenciam o tamanho da ameaça contra as organizações do país. O órgão se colocou à disposição dos atingidos, assim como de todo o setor privado, na busca por melhorias na resiliência digital.
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Fonte: Canaltech
