O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou na segunda-feira (3) que vai cortar pela metade o número de ministérios e criar um imposto sobre as exportações. O intuito das medidas é reduzir a zero o déficit fiscal do país em 2019. Com essa proposta, o ministro da Fazenda, Nicolas Dujovne, viaja a Washington para começar a renegociar na terça-feira (4) o acordo que fechou com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em junho e que – diante da nova crise cambial – precisa rever.
Macri fez o pronunciamento em cadeia nacional de televisão, antes da abertura dos mercados financeiros e depois de uma semana de alta volatilidade, em que o peso perdeu 25% de seu valor em relação ao dólar norte-americano. Ele disse que “os últimos cinco meses foram os mais difíceis” da sua vida desde 1991 (quando foi sequestrado em troca de resgate), mas que o país vive uma “emergência” e a única alternativa é o ajuste. “Vamos pedir uma contribuição maior aos que têm mais capacidade – os que exportam na Argentina”, disse.
Com as novas medidas, os exportadores de produtos primários (entre eles, grãos e minérios) vão pagar ao governo quatro pesos para cada dólar. Os exportadores dos demais produtos pagarão uma taxa menor, de três pesos para cada dólar obtido.