Os golpes envolvendo Pix já atingiram três em cada quatro brasileiros, com pelo menos 15% da população de nosso país perdendo dinheiro em fraudes dessa categoria. É ela a mais lembrada pelos cidadãos quando o assunto é o cibercrime, com a maior parte das pessoas considerando essa modalidade como uma das mais graves do cenário atual.
- Crimes cibernéticos cresceram 7% no Brasil
- Brasileiros preferem chaves aleatórias do Pix por medo de golpes
O que um levantamento realizado pela fornecedora de soluções de segurança NordVPN mostra é que os golpes envolvendo o Pix são, na visão geral, a fatia maior de um cenário de ameaças cada vez mais abrangente. A pesquisa mostrou que os brasileiros estão cada vez mais expostos, com 71% da nossa população tendo contato com pelo menos uma tentativa de crime virtual no ano passado; 37% receberam mais de um contato do tipo.
Como a busca maior dos bandidos é o lucro, o setor financeiro concentra mais da metade de todo o cibercrime registrado no Brasil em 2022. Empatados na liderança com as fraudes envolvendo o Pix estão as compras e movimentações fraudulentas com o uso de dados de cartões de crédito roubados e a disseminação de lojas falsas, que simulam a aparência de e-commerces conhecidos; todos possuem 15% do volume total de ameaças detectadas.
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Abaixo, outros crimes comuns envolvendo clientes bancários, como a disseminação de vírus que contaminam dispositivos para obtenção de credenciais (13%) e as fraudes envolvendo boletos falsos (12%). Fora da esfera bancária, completam o ranking de maiores ameaças contra os brasileiros a invasão de contas privadas em serviços online ou redes sociais (12%) e o comprometimento de informações pessoais (11%).
Na visão de Daniel Markuson, especialista em segurança digital da NordVPN, quanto mais comum uma ameaça, mais grave ela parecerá aos olhos dos cidadãos. “A criação do Pix proporcionou maior comodidade à população do país, mas ao mesmo tempo, por sua facilidade, deu brechas para que muitas fraudes financeiras possam ser praticadas”, explica.
Brasileiros também estão mais conscientes sobre segurança
O aumento vertiginoso nos índices de golpes online no Brasil, ainda que tenha feito crescer o número de vítimas, também ampliou o conhecimento dos cidadãos de nosso país sobre a mesma proteção. Para entender a dimensão desse aspecto, a NordVPN inclui em seu levantamento uma lista com as 13 ameaças online mais populares do cenário atual e descobriu que 69% dos entrevistados estavam familiarizados com os métodos cibercriminosos apresentados.
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Entre os participantes mais informados, 82% afirmaram que usam antivírus, enquanto 50% são utilizadores de gerenciadores de senhas e 36% são clientes de serviços de VPN. Os índices também são grandes entre os que desconhecem a maior parte das artimanhas dos bandidos, com mais de 62% destes apontando terem antivírus instalados nos seus dispositivos, ainda que os totais relacionados a gerenciadores de senha e VPNs sejam menores, com 24% e 22% respectivamente.
Surge aqui, então, o maior contraste citado pela NordVPN em seu levantamento. De acordo com as conclusões do estudo, quanto melhor o conhecimento em tecnologia de um entrevistado, mais expostos a ameaças ou crimes cibernéticos eles estão, com o excesso de confiança sendo citado pelos especialistas como um elemento gerador de risco, com menos precauções sendo tomadas. Quem não “manja” tanto, por outro lado, é mais cuidadoso no acesso à internet e uso de ferramentas.
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Fonte: Canaltech