Um homem de Xangai publicou recentemente um vídeo na plataforma Bilibili no qual apresenta uma versão gerada por inteligência artificial de sua falecida avó. O designer visual, que utiliza o nome Wu Wuliu, descreveu o processo para “ressuscitar” a avó com IA em sua publicação.
- ChatGPT poderia ser usado para reproduzir conversas com pessoas mortas
- Mulher usa IA para falar com as pessoas no próprio funeral
Para criar um avatar realista, Wu Wuliu utilizou fotos de sua avó e depois enviou mensagens verbais para simular sua voz e seu sotaque. Em seguida, ele transformou a linguagem da IA, com base no ChatGPT, para simular conversas que ele poderia ter com a sua avó.
IA para lidar com o luto
A utilização de inteligência artificial para “recriar” a experiência de conversar com uma pessoa falecida tem gerado debate entre internautas. De um lado, há quem veja que a IA pode auxiliar as pessoas enlutadas a lidar com a partida de um ente querido e trazer algum conforto. De outro, há quem se preocupe que as versões digitais levem as pessoas em luto a um estado mais depressivo ou a se prender demais ao passado.
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Para Wu Wuliu, a recriação digital foi a forma que ele encontrou para lidar com seus arrependimentos após a morte da avó, em janeiro. No vídeo, ele conta que a avó o criou quando criança e que eles tinham um relacionamento próximo, mas trocou poucas palavras com ela em seus últimos dias de vida. Segundo o designer, o objetivo de sua “recriação” é mostrar às pessoas a importância de valorizar o presente e as pessoas ao redor.
Na China, algumas empresas de serviço funerário estão começando a utilizar tecnologias de inteligência artificial, como o ChatGPT e o Midjourney, para realizar cerimoniais de despedida com o avatar digital da pessoa falecida.
Nos últimos meses, outros casos envolvendo a recriação de pessoas mortas com IA chamaram a atenção dos internautas, como a mulher que apareceu como holograma no próprio funeral e o deepfake que recriou a voz e a maneira de falar de Steve Jobs.
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Fonte: Canaltech