Fantástico na formação de novos talentos, o Santos vem pecando na segunda etapa do processo de assimilação de joias oriundas de sua base: os bastidores da transição ao profissional. Sempre jogando duro nas negociações, o Alvinegro tem acumulado despedidas precoces de jogadores que, possivelmente orientados por seus empresários, optaram por buscar melhores condições/termos de contrato em outros clubes.
Um exemplo disso é a situação do atacante Yuri Alberto, que está em vias de ser confirmado como reforço do Internacional. Sem acordo de renovação com o Peixe, comunicou à diretoria alvinegra que deixará o clube ao final do mês de julho, quando seu vínculo se encerra. Somente nos últimos anos, este foi o mesmo caminho tomado por Robson Bambu, Giovanni, Matheus Guedes e outros nomes revelados na Vila Belmiro.
Este enredo quase foi repetido também por Renyer, atacante de 17 anos considerado como uma das grandes joias da novíssima safra alvinegra. Seu processo de renovação se arrastou por meses a fio mas, no fim das contas, o desejo do atleta em construir carreira no clube que o formou desde criança falou mais alto. Entrevistado pelo UOL Esportes, Renyer falou sobre sua experiência na Vila Belmiro, admitiu que rompeu com seu antigo empresário para facilitar as tratativas com o Peixe e opinou sobre as saídas precoces de seus companheiros.
“Eu sempre quis ficar no Santos, né? Comentei que queria ficar. Até rescindi o contrato com o empresário pra poder facilitar, pra poder desenrolar com o Santos. Estou aqui há oito anos, não queria sair agora, no momento final pra subir pro profissional. Teve o Benfica, Porto, mas deu tudo certo. Quero pensar só aqui (…) Vejo sim como erro [saída precoce]. Mas se o jogador, ele treina bastante, se for melhor pro jogador, ele vai embora. Mas indico que ele fique, siga sua trajetória no clube que começou, que abriu as portas”, cravou.
Fonte: 90min