Em meio à quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus, o Barcelona anunciou recentemente que reduzirá os salários de seus jogadores e funcionários para diminuir os efeitos econômicos causados pela paralisação. Entretanto, de acordo com a imprensa espanhola, a medida financeira não foi bem recebida pelos jogadores de futebol.
Segundo o jornal espanhol As, se por um lado, atletas de outras modalidades esportivas do clube concordaram publicamente com a decisão, o silêncio de jogadores como Messi, Piqué, Busquets e Sergi Roberto criou uma tensão desconfortável nos bastidores da equipe.
Tudo teve início na última quinta-feira (26), quando o clube catalão divulgou um comunicado oficial no qual indica uma “redução do dia útil do trabalho“, que se refletirá na redução proporcional dos vencimentos previstos em contratos. Todos os atletas profissionais do Barcelona – incluindo o argentino, eleito seis vezes como o melhor jogador de futebol do ano – teriam assim, uma redução salarial obrigatória durante o período de quarentena, que ainda não tem data para acabar.
A decisão, no entanto, gerou discórdia nos atletas, em especial na equipe de futebol. Eles gostariam de uma redução de 30% no salário geral da temporada, e não de 70% como ficou previamente estabelecido pelo Conselho Administrativo. Além disso, segundo a publicação, os jogadores também estariam muito atentos aos movimentos do Real Madrid, que a princípio não deve fazer cortes na folha de pagamento de sua equipe.
Na manhã desta segunda-feira, no entanto, Lionel Messi quebrou o silêncio e trouxe detalhes sobre a situação através de seu Instagram:
Conforme o comunicado oficial, a redução salarial terá caráter retroativo desde o primeiro dia de quarentena, em 19 de março e se restringe apenas sobre os vencimentos mensais, sem incluir variáveis e bônus, por exemplo. Com o fim da pandemia, a expectativa é que os funcionários tenham seus salários normalizados.
A Espanha está em quarentena desde o início de março e seus cidadãos só podem deixar as suas casas para realizar assuntos essenciais. O país ibérico é o segundo mais afetado na Europa pela pandemia, atrás apenas da Itália, com um número de mortos superior a 4 mil. Mais de 56 mil pessoas testaram positivo para o novo coronavírus.
Fonte: 90min