Depois de anos de polêmica com o gramado sintético da Arena da Baixada, do Athletico-PR, o assunto entrou em pauta em outros clubes do futebol brasileiro. Nesta temporada, o Palmeiras abriu os cofres e modificou o terreno do Allianz Parque, visando evitar problemas com os muitos shows que acontecem no local e vinham prejudicando o rendimento do time. Após o técnico Vanderlei Luxemburgo e os jogadores alviverdes aprovarem, o tema entrou em debate no Rio Grande do Sul.
Nas últimas duas temporadas, o gramado da Arena do Grêmio já foi criticado publicamente até mesmo por Renato Portaluppi. O treinador chegou a classificar com “irresponsabilidade” o estado do campo, visto que a sua equipe preza por um estilo de posse bola e troca de passes. Em participação no programa Bate Pronto, da Rádio Guaíba, Marcos Herrmann, integrante do Conselho de Administração, admitiu que o assunto é debatido internamente.
Já o presidente Romildo Bolzan Júnior, em entrevista ao site GaúchaZH, revelou o posicionamento oficial do clube e bateu o martelo sobre a possibilidade de trocar o piso da Arena. “O Grêmio será o últimos dos moicanos. Enquanto eu for o presidente, não trocaremos a grama natural pela sintética“, garantiu o mandatário. Para instalar o gramado, o Palmeiras fez um investimento de R$ 10 milhões, sendo que 70% do valor será pagou pela WTorre, que administra o Allianz Parque.
“Os custos (da grama natural) não são tão altos, mas também não são baratos. Principalmente no inverno, quando há a necessidade de manter as luzes artificiais acesas. A Arena nunca nos procurou para que houvesse uma conversa para tratar do assunto de troca do gramado. Particularmente, prefiro o gramado natural. O jogo fui melhor e parece mais bonito. O futebol sempre foi jogado em grama plantada na terra, vamos manter assim“, completou Romildo Bolzan.
Como é feita a manutenção do campo natural?
À Rádio Guaíba, Marcos Herrmann explicou as dificuldades para manutenção da grama natural. A Arena já adquiriu quatro máquinas, além de utilizar outras duas alugadas, que projetam luz, visando manter a grama no padrão necessário. “No caso da Arena do Grêmio, temos sofrido pela falta de sol, que é de duas a três horas no gramado. Especialmente, na goleira do lado do Aeroporto Salgado Filho. Na goleira do lado da Rodovia do Parque, não apanha sol durante três ou quatro meses. Por isso, temos um gasto de energia elétrica muito relevante”, analisou.
O que vcs acham se o Grêmio colocar gramado sintético na arena?
Uma das grandes reclamações do Grêmio é o custo de manutenção do gramado, e o gramado sintético pode ser usado após shows por exemplo
Eu não tenho opinião formada, gosto do gramado tradicional, mas tudo se estuda— Roger K ᵍᶠᵇᵖᵃ (@RKPortaluppi) 18 de fevereiro de 2020
“Uma das alternativas que podemos trabalhar é a colocação de placas solares. Precisamos ver se é viável. O fato é que a conta de energia elétrica é muito relevante. Quando tivermos a gestão do estádio, vamos ter que olhar isso de perto, pois são milhões por ano“, completou o membro do Conselho de Administração.
Foto de capa: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação
Fonte: 90min