Futebol

Novo sindicato ganha força na briga contra redução salarial de jogadores

Publicidade



Novo sindicato ganha força na briga contra redução salarial de jogadores - 1

Resposta! Sem futebol, diante da pandemia de coronavírus, clubes e atletas têm negociado assiduamente medidas de redução salarial. Porém, os envolvidos não chegam a um denominador comum e congestionam a negociação com interesses distintos.

A previsão das agremiações é de que o anúncio das medidas ocorra ainda nesta semana, ​independente de acordo com os jogadores. A indefinição tem movimentado os bastidores do futebol brasileiro e ocasionado reações em ‘movimentos de resistência’.

 

FBL-LIBERTADORES-PALMEIRAS-JUNIOR

 

Conforme informações do ​UOL Esporte, em São Paulo, ex-integrantes do Movimento Bom Senso FC como Alex, Fernando Prass, Paulo André e outros futebolistas – representando ​Corinthians​São Paulo e ​Palmeiras – têm fortalecido um novo sindicado da categoria e ganhado protagonismo nas negociações.

O denominado “Sindicato dos Atletas de Futebol do Município de São Paulo” é presidido pelo ex-centroavante Washington Mascarenhas e começou a ser fundado em 2018. A ideia da nova entidade é ser uma alternativa ao “Sindicato Profissional dos Atletas do Estado de São Paulo”, encabeçado pelo ex-goleiro Rinaldo Martorelli desde a década de 1990, que tem deixado parte dos atletas insatisfeitos.

 

 

Em contato com portal, atletas afirmaram que têm mantido uma relação com o SIAFMSP durante a pandemia do COVID-19 e que estão ocorrendo reuniões com cerca de 40 jogadores. A principal pauta é dar uma resposta ao projeto de redução salarial proposto pelos clubes, além de consolidar o sindicato como representante dos atletas de equipes paulistas, incluindo São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Juventus, da Mooca. O grupo também tem se aproximado da FENAPAF.

 

Alex

 

Sem acordo, jogadores e representantes sindicais pretendem rejeitar a oferta dos clubes e apresentar uma contraproposta hoje ou nos próximos dias. A tendência é de que os atletas aceitem as férias propostas para pesquisar e encontrar uma melhor forma de negociação, com base na faixa salarial de cada um.

Do outro lado, os times temem pela falta de acordo e muitos não sabem se vão conseguir se manter diante de tal cenário, com os patrocinadores suspendendo pagamento, lojas oficiais fechadas e sem a renda das bilheterias. A princípio, os times querem negociar, mas, em caso extremo, devem conceder férias com base na MP 937, publicada pelo presidente Jair Bolsonaro, sem acordo com a categoria. O corte salarial também pode ser imposto pelo Artigo 503 da CLT – que prevê 25% de desconto em redução de jornada de trabalho por razões de força maior.

Os dois lados têm se munido de informações jurídicas e buscado formas de se segurar diante de eventual negociação mais ‘pesada’. A expectativa agora é para saber qual lado vai flexibilizar para um acordo.

Fonte: 90min