A pandemia de coronavírus atingiu em cheio os planos da seleção brasileira. A equipe, que já estava inclusive convocada para as duas rodadas iniciais das eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, agora dá, literalmente, um tempo. E nem mesmo os integrantes da comissão técnica sabem exatamente o que pode acontecer daqui em diante.
Em entrevista para GauchaZH, Cléber Xavier, auxiliar do treinador Tite, evita até mesmo pensar em eventuais prejuízos. “O primeiro impacto é que estávamos fazendo um processo desde novembro, que acabou sendo totalmente interrompido pelo adiamento dos jogos. Aí fica aquela surpresa. Depois, a gente acaba caindo na realidade e se preocupando com a questão de humanidade. Não tenho a mínima ideia de como será daqui para frente. Quando os campeonatos serão recomeçados, em que nível os atletas estarão, que tempo teremos para convocar, se é para junho, setembro ou outubro. Será um recomeço de trabalho”, definiu o profissional.
Obviamente, a expansão da doença por diversas partes do mundo pegou a todos de surpresa, interrompendo uma etapa importante de atuação da comissão. “A fase era de observação e de contatos com atletas na Europa e no Brasil. Visitas aos clubes e treinamentos, conversando com comissões e montando um trabalho para que fizéssemos a convocação de março. Eu iria para a Itália e não pude ir. Então, regressamos ao Brasil e iniciamos contato com os departamentos médicos dos clubes através do Dr. Rodrigo Lasmar, médico da CBF. A gente tinha a preocupação de como esses jogadores chegariam ao Brasil e já começávamos a projetar algumas coisas, mas foi rápido. De uma hora para outra, os compromissos começaram a ser cancelados. Primeiro as eliminatórias e, depois, a Copa América. Estamos nos organizando para não parar trabalho, estudos e observações”, completou Xavier. A Fifa será a responsável por reorganizar o calendário visando ao Mundial de 2022.
Fonte: 90min