Celebramos o Dia Internacional da Mulher neste dia 8 de março, data simbólica, mas de muita luta e resistência feminina. Maioria no mundo, mas minoria na política, nas empresas, nos cargos de gestão/administração, mulheres sofrem na pele com a desigualdade de gênero em todos os espaços que ocupam. Esta, infelizmente, também é realidade de mulheres que amam e vivem futebol: torcedoras, árbitras, técnicas, jornalistas e atletas, que há muito escutam que esse espaço não lhes pertence, precisam driblar o machismo diariamente para preencher esses locais e provar que o esporte é, sim, para todos.
A duras penas e às custas de muito suor de mulheres pioneiras, o protagonismo feminino no esporte tem sido cada vez maior. A herança da luta de diversas precursoras (no campo, na imprensa, na bancada ou no apito) é o momento de inegável prosperidade vivido pelo futebol feminino: em 2019, tivemos a maior Copa do Mundo da história da modalidade, evento que quebrou recordes de audiência, cobertura e público; entre 2019/20, diversas ligas nacionais testemunharam público-recorde, como Inglaterra Itália, Espanha, Portugal; eleita melhor do mundo em 2019, a norte-americana Megan Rapinoe foi premiada na mesma cerimônia do masculino (‘FIFA The Best’), gesto que parece banal, mas que evidencia um esforço coletivo para amenizar desigualdades históricas;
No Brasil, também tivemos motivos para celebrar: Copa transmitida integralmente por uma emissora de televisão; Brasileirão e calendário nacional mais organizado; Quebra de recorde de público na decisão do Paulistão Feminino entre São Paulo e Corinthians. Ainda há um caminho longo a ser percorrido em infra-estrutura e investimentos, mas seguimos em frente, sem dar nenhum passo atrás.
Fonte: 90min