Foi uma linda festa. A chuva de papel picado dos cerca de 50 mil presentes à Bombonera, que inclusive atrasou o início da partida em 15 minutos, deu as “boas-vindas” ao jogo de volta da semifinal da Libertadores da América. Só que ela não foi suficiente para o Boca Juniors reverter a vantagem do River Plate, que alcança a decisão pelo segundo ano consecutivo.
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No maior clássico argentino, mesmo a derrota por 1 a 0 garantiu mais uma histórica classificação à equipe comandada por Marcelo Gallardo, que havia vencido no Monumental de Nuñez por 2 a 0. Agora, é aguardar o adversário, que sai do duelo entre Grêmio e Flamengo, e se preparar para o jogo do dia 23 de novembro, em Santiago do Chile. O River vai em busca de seu quinto troféu (o segundo consecutivo) do principal torneio sul-americano.
PRIMEIRO TEMPO
O Boca Juniors, que teve Carlos Tévez entre os titulares, tentou pressionar nos primeiros instantes, mas muito mais na base do abafa do que em jogadas tramadas. Aliás, os donos da casa, basicamente, levaram perigo nas bolas paradas. Aos 21 minutos, após cobrança de falta, a bola desviou na mão de Más e sobrou para Salvio empurrar para a rede, mas o gol acabou anulado corretamente pelo árbitro brasileiro Wilton Pereira Sampaio, que nem precisou do VAR para assinalar a infração.
Depois disso, o River começou conquistar espaços, trocar passes e se aproveitar de buracos na defesa do rival para assustar. Aliás, foi a partir de uma falha do goleiro Andrada, aos 23, que a meta dos donos da casa ficou aberta, mas o ataque do time branco e vermelho não funcionou. O Boca, por sua vez, só voltou a atacar com força pouco antes do intervalo. Aos 43 minutos, em um escanteio, Almendra cabeceou de raspão. Enzo Pérez tentou cortar e só não marcou contra porque Andrada estava atento para espalmar. Pouco depois, em levantamento de Más, Salvio pulou mais alto que todos e cabeceou para fora naquela que foi a única ação coletiva dos donos casa no primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Quando a bola rolou para a etapa final, o River logo deu sinais que só tinha um objetivo; fazer o tempo passar. Com um futebol conservador e abdicando da sua características de jogar no erro do adversário, deu campo para o Boca. Com menos de um minuto, Ábila apareceu com espaço dentro da área, mas se enrolou no domínio e não conseguiu concluir.
Esse lance, no entanto, foi o suficiente para “levantar” o estádio. E, mais adiante, a entrada de Zárate incendiou ainda mais o ambiente, também, dentro das quatro linhas. E, ao insistir, o Boca abriu o placar. Aos 34 minutos, na bola parada, Hurtado, que havia entrado no lugar de Ábila, aproveitou a sobra de bola, que havia sido lançada por Mac Allister, e deu esperança aos donos da casa. Só que, apesar da insistência azul e amarela, a vaga ficou mesmo com “Los Millionarios”.
ESCALAÇÕES
Boca Juniors: Andrada; Buffarini, Lisandro López, Izquierdoz e Más; Almendra (Zárate), Marcone, Salvio e Mac Allister (Villa); Tévez e Ábila (Hurtado). Técnico: Gustavo Alfaro.
River Plate: Armani; Montiel, Lucas Martínez, Pinola e Casco (Paulo Díaz); Enzo Pérez, Palacios, Ignácio Fernández e De La Cruz; Borré (Lucas Pratto) e Matías Suárez (Scocco). Técnico: Marcelo Gallardo.
Fonte: 90min
