Em novembro do ano passado, os velhos e conhecidos rivais argentinos, River Plate e Boca Juniors, se enfrentaram para decidir quem levaria a taça da Copa Libertadores. Hoje, o clássico acontece mais uma vez, no Estádio Monumental de Núñez, onde os times vão disputar a primeira partida de uma eletrizante semifinal.
A edição passada do torneio foi marcada por uma grande polêmica na final: com brigas generalizadas entre torcidas, a última partida aconteceu do outro lado do oceano, em Santiago Bernabéu, Madri, e marcou o River como tetracampeão. De lá pra cá, muita coisa mudou.
Em time que está ganhando não se mexe. Essa foi a perspectiva de Marcelo Gallardo, técnico e atual campeão, o ídolo millonario manteve a sólida base da temporada anterior. Entretanto, o clube sofreu com lesões no decorrer do ano, e não pode contar com jogadores importantes, como é o caso de Lucas Pratto, que não deve enfrentar o Boca.
A tônica acontece com outros dois atletas importantes do elenco: Ponzio e Quintero. Apesar desses problemas, Gallardo tem um time muito bem montado coletivamente, e nada melhor que um Superclássico, para que os jogadores se agigantem dentro de campo. O técnico não deve fugir muito do que já vem apresentando em outros jogos: Armani, que é absoluto no gol, Enzo Pérez, Montiel e Casco, são alguns nomes que devem aparecer na escalação inicial, visto que são os homens de confiança do treinador.
Por outro lado, o Boca Juniors mudou. E muito. Após a derrota para o principal rival, o clube passou por uma revolução no elenco e na comissão técnica. Guillermo Barros Schelotto foi substituído por Gustavo Alfaro, no comando do time. A mudança maior, veio dentro de campo: dos titulares da final do ano passado, continuaram apenas Andrada, Izquierdoz, Sebastián Vila, Buffarini e Pablo Pérez.
Todavia, o técnico resolveu investir pesado na parte defensiva – o que é uma característica de Alfaro. Os zagueiros Junior Alonso e Lisandro López vieram como reforços. Mas, a mais badalada das contratações foi a do veterano volante, De Rossi, que só deve ter condições de jogo, na partida de volta, visto que se encontra lesionado.
Pelo Boca, é válido também destacar a presença do lateral-direito Marcelo Weigandt, que ganhou presença entre os titulares e deve ser relacionado no elenco principal. Outro ponto positivo do plantel de jogadores de Alfaro, está no fato de poder contar com o habilidoso goleiro Andrada.
A partida vai ser marcada por um time que quer defender o título, e por outro que está com uma derrota engasgada. O River Plate é um time que coletivamente funciona muito bem: os jogadores são entrosados e a comissão técnica sabe bem o que exigir e onde dispor cada um de seus atletas. Por sua vez, o Boca Juniors já provou historicamente que detém uma raça incrível e hoje, individualmente possui um elenco melhor, podendo contar inclusive com grandes jogadores no banco de reservas, como é o caso de Tevéz.
As mudanças no Boca também revelam pontos importantes sobre como o time tem se comportado durante a Libertadores. Alfaro é um técnico que gosta de trabalhar pelo viés defensivo: o time é fechado e muita das vezes, joga partidas inteiras recuado. É uma estratégia válida, mas que pode custar caro ao se enfrentar uma equipe como a do River.
Hoje é dia do maior clássico do futebol mundial, River x Boca. Hoje é dia da maior competição de clubes do mundo, LIBERTADORES!! 🔥
— Liberta Depre 🎗️ (@liberta__depre) 1 de outubro de 2019
Jogando também com certa desvantagem, as lesões que percorrem todo o elenco do River são um ponto a ser destacado: apesar do clube estar bem, algumas ausências são sempre preocupantes. É um jogo que não há favoritismos em campo, mas sim, muita rivalidade.
O jogo de volta está marcado para o dia dia 22 de outubro, na Bombonera. O duelo define o adversário de Flamengo ou Grêmio na grande decisão.
Fonte: 90min