Na tarde da última quarta-feira (26), o Manchester City foi à capital espanhola para encarar o rival mais pesado e ‘temido’ quando o assunto é Champions League, o Real Madrid. Uma hora antes da bola rolar, as escalações foram divulgadas e a reação quase unânime foi de espanto: Guardiola havia decidido por atuar com o criticado Otamendi na zaga no lugar de Fernandinho, e Gabriel Jesus na referência tomando a vaga de Sérgio Agüero. As modificações geraram estranheza mas, em campo, fizeram todo sentido.
A busca do catalão era por uma formação mais leve, especialmente com Gabriel Jesus na referência: o brasileiro oferece mais movimentação, quebra linhas e dialoga mais com os meias do time, enquanto Kun Agüero é uma opção mais fixa, letal, especialista na conclusão das jogadas. A escolha de Guardiola acabou se provando valiosa e certeira, já que o camisa 9 deixou o Santiago Bernabéu com status de melhor da partida. Além do gol anotado e muita participação no momento ofensivo do time, Jesus infernizou a defesa merengue, cavando a expulsão de Sérgio Ramos já nos minutos finais de jogo.
Sacar seu goleador e principal ídolo do atual elenco – Agüero é o maior artilheiro da história do clube -, não é pra qualquer um e evidencia o domínio de grupo que Guardiola tem no City. Por conhecer muito bem as individualidades/potencialidades de seus jogadores e por ser um especialista em ler confrontos antes da bola rolar, o catalão consegue montar ‘armadilhas’ para seus rivais. Surpreendido, o Real não conseguiu segurar um inspirado Jesus e agora se vê em situação delicada na eliminatória: precisará vencer por 2 gols de diferença em Manchester, isso se não quiser emplacar a pior campanha de sua história recente em Champions.
Fonte: 90min