Fernando Diniz elogia Endrick e sinaliza mudanças na escalação do Brasil com ataque móvel

Sem Neymar, lesionado, nem Casemiro, suspenso, a Seleção Brasileira finalizou nesta quarta-feira (15) a preparação para enfrentar a Colômbia. O grupo viaja para Barranquilla, local deste confronto válido pela 5ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026.

Além dos que sequer foram convocados, o técnico Fernando Diniz tem um desfalque confirmado entre os atletas que estão na Granja Comary – o atacante Gabriel Jesus segue em Teresópolis (RJ) para tratar lesão no músculo posterior da coxa direita.

A maior preocupação é com o jogador em si. A gente trouxe o Gabriel Jesus por alguns motivos. Mesmo a gente fazendo uma partida abaixo contra o Uruguai ele conseguiu jogar bem, sustentar a posição e criar dificuldades. Conversei com ele, está fazendo determinadas coisas, em boas condições. Fez uma nova ressonância assim que chegou, não viaja para a Colômbia e se tiver condição vai estar à disposição contra a Argentina, mas mesmo se não der com certeza vai voltar para o Arsenal melhor do que veio.Fernando Diniz sobre Gabriel Jesus

A tentativa é colocar os melhores em campo individualmente e tecnicamente. Aqueles que assimilaram mais os conceitos tendem a ter mais facilidade para aplicar isso em campo. Vamos potencializar ao máximo esse time que vai jogar. Durante os treinos os atletas abraçaram muito bem a proposta que a gente quer colocar e espero que na prática a equipe possa corresponder dentro de campo. Temos que aproveitar o que eles têm de bom, não apenas a velocidade, mas sabem trabalhar bem em espaço curto.Fernando Diniz, técnico do Brasil

Já tinha conversado com ele na chegada, é um jogador especial e pela idade que ele tem e produzir o que já faz abre margem para projetar um futuro brilhante. Ele vem pelos méritos e pelo potencial que tem. Está sendo acolhido e acredito que vai ter vida longa na seleção. Está sendo muito bem nutrido de informações no Palmeiras com o Abel Ferreira e o staff, mas é baixar um pouco a expectativa. Ele não tem que ser um jogador pressionado. A gente não tem que ficar esperando tudo do Endrick com 17 anos. Tem um potencial gigantesco que pode se tornar um daqueles jogadores lendários do futebol brasileiro, mas isso só o tempo vai dizer. A melhor forma de conseguir isso é dar segurança, deixar cada vez mais robusto emocionalmente para enfrentar os desafios que tem pela frente. Se pudesse passar algo era para ele ser ele mesmo, um garoto talentoso e que gosta de jogar futebol.Fernando Diniz sobre Endrick

Erros e acertos contra o Uruguai

Após duas vitórias na abertura das Eliminatórias, contra Bolívia e Peru, o Brasil passou a Data FIFA do mês passado sem vencer – empatou com Venezuela e perdeu para o Uruguai, portanto o fato de perder os 100% de aproveitamento gerou certa desconfiança.

Fomos inofensivos no primeiro tempo. Só que na primeira parte, a equipe teve controle do jogo, Uruguai pouco conseguiu finalizar, não teve nenhum chute a gol e pouco volume de escanteios. Marcamos bem e também criamos, mas faltou profundidade e agressividade. Se fosse o mesmo time a gente certamente faria correções. A tendência é melhorar pela mudança de mentalidade que tentamos implementar para os próximos jogos. Fernando Diniz, técnico do Brasil

Fonte: 90min