Diego Costa decisivo e Marchesín salvador levam Grêmio às oitavas da Libertadores

Chuva. Vento. Frio. Estádio acanhado. Gramado ruim. Cenário perfeito para…se classificar às oitavas de final da Libertadores 2024.

Nesta terça-feira (4), na ‘batalha de Talcahuano’, o Grêmio ganhou do Huachipato-CHI por 1 a 0, conquistou sua terceira vitória consecutiva no torneio continental, eliminou os donos da casa e confirmou sua vaga no mata-mata. E olha que o clube arrancou na competição com duas derrotas e, por conta das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, ainda tem mais uma partida por jogar para, quem sabe, ainda ser líder do Grupo C.

Esta foi a primeira vez, em quatro confrontos, que o Tricolou superou o Huachipato, que era o único adversário em todos os tempos, com mais de dois duelos diantes dos gaúchos na Libertadores, que jamais havia sido derrotado pelo tricampeão sul-americanos. Além disso, este foi apenas o segundo triunfo do clube em território chileno pela disputa – o anterior havia ocorrido no longínquo ano de 2009.

Não existe um adjetivo melhor que “soberano” para definir o time ao longo de todo o primeiro tempo. E isso tem muito a ver com o gol marcado logo de cara. Aos 5 minutos, após cobrança de escanteio, Cristaldo levantou e Diego Costa, ganhando no corpo de Santiago Silva, fez de cabeça o seu primeiro tento no torneio continental – e não poderia ser em momento mais decisivo.

A paritr de então, se alguém esperava um Tricolor postado atrás, viu exatamente o contrário, mesmo que a posse fosse do rival. Em diversas ocasiões, a equipe se deu ao luxo de pressionar até a saída de bola, complicando as ações dos chilenos, que só não se viram completamente alijados do confronto pela sorte. A trave direita de Parra, por exemplo, impediu que Pepê, Soteldo e Galdino ampliasse – sim, foram três conclusões que pararam no mesmo poste. Além disso, Cristaldo, que antes só não havia estufado a rede por conta de milagre do goleiro, errou na tomada de decisão quando puxou um contra-ataque em velocidade e não serviu a Rodrigo Ely.

No segundo tempo, mal a bola voltou a rolar e quem se salvou foi o Grêmio, que deixou de se impor. Um chute poderoso de Gutiérrez, por exemplo, parou na trave esquerda de Marchesin. E com o campo cada vez mais impraticável e cheio de poças d’água, a pressão não parou por aí. Em dois arremates seguidos, o camisa 1 azul salvou. Ele também evitaria, com estilo, um gol contra de Kannemann e, mais tarde, voltaria a brilhar em nova conclusão de longa distância.

Poderia ter sido mais fácil? Com certeza, ainda mais com as chances desperdiçadas antes do intervalo. Mas, como diz o torcedor, se fosse fácil, não seria Grêmio.

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