Os campeonatos não têm período para retornarem após paralisação motivada pelo surto de coronavírus no Brasil. Devido a isso, alguns dirigentes de clubes já temem uma crise financeira ou até mesmo fechar as portas, já que, sem jogos, não há receitas para pagar seus custos. As informações são do Yahoo.
Os clubes maiores do futebol brasileiro, como Flamengo, Palmeiras e Grêmio, vão sobreviver à pausa, já que possuem uma situação financeira melhor que os demais. Porém, equipes do interior, por exemplo, ameaçam deixarem de existir se a suspensão se estenda por mais de três meses.
O diretor financeiro do Corinthians, Matias Ávila, explicou ao veículo mencionado que os pagamentos no fim do mês vão continuar acontecendo mesmo sem receber receita de TV, bilheteria e premiações. “Se forem um ou dois meses parados, o impacto não será tão grande. Agora, se passar dos quatro meses, talvez tenhamos até de renegociar os contratos com os jogadores”, conclui.
As diretorias dos clubes ainda não sabem como a Globo – maior detentora de jogos no Brasil – irá proceder. Mas a expectativa é que os pagamentos não aconteçam, já que esses valores são pagos devido as transmissões na TV.
A emissora paga R$ 6 milhões para as equipes menores que disputam o Campeonato Paulista. O pagamento é parcelado em quatro vezes, iniciando em janeiro. Até agora, a bola só rolou até a metade de março, e alguns clubes já exigem o pagamento deste mês, pois nos dois primeiros, os depósitos já aconteceram.
O presidente do Ceará, Robinson de Castro, diz que não sabe como serão os comportamentos dos patrocinadores, mas se mostra preocupado com o risco de não pagamento dos parceiros comerciais.
“O momento que a gente vivencia, e delicado, único. Requer muito cuidsdo e ações preventivas. Na federação, demonstramos nossas preocupações, e votamos sim, pela parada imediata do Campeonato Paulista” Maurício Galiotte
— Forza ⓟalestra (@SEPAlternativa) March 17, 2020
A baixa pode atingir até o programa de sócios-torcedores dos clubes. “É de se imaginar que a crise chegue também ao torcedor, que pode parar de pagar as mensalidades ou até cancelar seu plano”, teme um dirigente do Palmeiras que não quis se identificar.
Fonte: 90min