A derrota por 2 a 1 do Paris Saint-Germain para o Borussia Dortmund, na terça-feira, pela rodada de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, fez Neymar ir aos microfones e reclamar do modo como o clube francês trabalhou a sua utilização nesta partida. Após sofrer uma lesão na costela, o brasileiro ficou fora dos quatro jogos que antecederam o compromisso diante dos alemães. Só que este cenário, se não agradou, precisa ser discutido internamente, e não aos microfones.
O camisa 10 do PSG precisa ter a noção de que tudo o que ele fala gera grande repercussão. E, depois de um resultado ruim, muito embora ele tenha marcado o gol da sua equipe, eventuais cobranças ficam ainda mais em evidência. Decisões da comissão técnica e de especialistas em medicina precisam, acima de tudo, ser respeitadas pelos atletas. Obviamente, não se sabe o que foi falado entre eles neste período, mas, a princípio, ninguém poupa um atleta por nada. E mais: no dia a dia, Neymar possui total liberdade para discutir isso e chegar a um bom senso.
Estrela maior do time, ele parece querer tirar o foco e a responsabilidade que, naturalmente, cai sobre sua cabeça, ainda mais se tratando de um confronto de Champions, competição na qual o PSG ainda tem muito o que provar. Se algo incomoda, se algo não está de acordo com o que se pensa, é preciso tomar uma atitude antes de entrar em campo. Após o fato consumado, é possível levantar qualquer tipo de especulação. Será que Neymar disse aos médicos que se sentia em condições de jogar? Será que realmente esta foi uma decisão sumária, que em nada teve a participação do atleta? Não fica bem vir a público e jogar isso no ventilador. E, cada vez mais, fica claro que o atacante brasileiro não tem noção do que uma fala sua pode trazer de consequências ruins para o clube que representa.
Fonte: 90min