Em 2018/19, o Liverpool fez as pazes com o sonho continental, erguendo sua sexta Champions League e voltando a se sagrar campeão europeu após 14 anos de seca. O reencontro com uma conquista de peso fez esta equipe tomar ainda mais gosto pela vitória e, em 2019/20, o destino natural parece ser um novo reencontro, este ainda mais aguardado: o troféu da Premier League, jamais erguido pelo clube. Seu último título inglês foi na distante temporada 1989/90, época em que a competição ainda vigorava em outro modelo/formato.
O Santos e o Real Madrid dos anos 50/60, Ajax e Bayern de Munique dos anos 70, o Milan do início dos anos 90, o Barcelona de Guardiola… Todos esses esquadrões revolucionaram o que entendemos por futebol e empilharam taças, construindo verdadeiras supremacias, nacionais e continentais. É verdade que o Liverpool que estamos testemunhando ainda não estabeleceu uma dinastia, mas os números e a dominância que tem emplacado em uma era de equilíbrio de forças justifica quem já insere esta equipe entre as grandes da história.
O Liverpool é o primeiro clube na história das grandes ligas europeias a registrar 61 pontos somados após 21 partidas disputadas (20 vitórias e um empate). É também o clube com maior pontuação somada considerando seus últimos 38 compromissos de campeonato nacional: 104 pontos distribuídos em 33 vitórias, cinco empates e nenhuma derrota, batendo o recorde histórico de 102 pontos de Manchester City (2018) e Chelsea (2005).
Disciplina tática, coletividade e verticalidade são algumas das palavras-chave desta equipe regida por Klopp, que além de saber muito de futebol, é um dos melhores em gestão de grupo. Tudo funciona em perfeito equilíbrio em Anfield e, apesar de muitos já saberem como os Reds jogam, simplesmente não conseguem encontrar soluções para batê-los. Se eles serão os donos da Europa nesta década que está começando, não sabemos. Mas as engrenagens estão ali, bem encaixadas em harmonia, para que continuem sendo dominantes por anos.
Fonte: 90min