Podemos chamar de ‘limpa‘? De uma certa forma, sim. O Grêmio escancarou, ao liberar sete jogadores do restante da temporada, que havia gente sem comprometimento dentro do vestiário – do contrário, não se queimaria um ou outro atleta que, mesmo em baixa, pode render alguma negociação no futuro. Mas isso, sinceramente, não terá efeito algum no futuro do clube dentro das quatro linhas.
O Grêmio, se for rebaixado, não será por uma birra de quem fica em relação à decisão tomada pelo departamento de futebol juntamente com a comissão técnica. E, se por acaso conseguir o milagre da permanência na Série A, também não será pela oxigenação do ambiente. O Tricolor, perdido do jeito que está, tomou tal atitude talvez para tirar o foco dos compromissos restantes no Brasileirão ou até mesmo para dar uma espécie de satisfação à torcida.
Dizer se foi na hora certa, se isso aconteceu de forma tardia ou se era mais indicado esperar o fim do Brasileirão é algo um pouco complicado de se saber. Aliás, nem o Grêmio sabe disso. Podemos lembrar, por exemplo, que na última sexta-feira, pós-derrota para o Bahia, o presidente Romildo Bolzan Júnior afirmou que não via falta de mobilização por parte do elenco. O que mudou em três dias?
O problema do clube, repito, é gestão. E a tal ‘limpa’ talvez sirva, apenas, para esconder os graves problemas oriundos dos gabinetes da Arena.
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Fonte: 90min