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O Botafogo iniciou a semana mais importante sua da história carregando enorme frustração e preocupação na torcida. Após um segundo semestre de muita regularidade em termos técnicos, físicos e mentais, o Alvinegro Carioca acabou vendo a situação mudar radicalmente em relação ao favoritismo quanto aos títulos de Brasileirão e da Conmebol Libertadores.
As confusões envolvendo o elenco após o empate sem gols diante do Atlético–MG, em Belo Horizonte, deram um ânimo extra e novas estratégias para serem exploradas pelo Galo na final continental. E neste final de semana, o 1 a 1 diante do Vitória, em pleno Estádio Nilton Santos, foi suficiente para o Palmeiras assumir a liderança pela primeira vez no campeonato, conquistando a terceira vitória consecutiva.
No duelo válido pela 35ª rodada, o técnico Thiago Carpini foi inteligente em sua leitura de jogo e formou uma linha de cinco jogadores para o Vitória congestionar o ímpeto ofensivo da equipe de Artur Jorge, que, por sua vez, não consegue mais encontrar soluções necessárias para furar bloqueios e transformar as finalizações em chances reais e gols.
O técnico buscou alternativas no elenco, promovendo as entradas de Cuiabano e Tchê Tchê nos lugares de Alex Telles e Marlon Freitas. Contudo, o Botafogo teve uma atuação mais insegura e acabou cedendo espaços diversos para o adversário nos contra-ataques. O Vitória aproveitou a ansiedade e o nervosismo generalizado (além dos espaços) para abrir o placar com Alerrandro, aproveitando-se de uma falha de Bastos, com apenas 19 minutos do primeiro tempo.
Diante de um ambiente extremamente tenso, Artur Jorge tentou dar maior ímpeto ofensivo no segundo tempo com as entradas de Eduardo, Tiquinho Soares e Mateo Ponte. O rendimento melhorou nos primeiros minutos, com menos cruzamentos aleatórios na área e mais jogadas trabalhadas, mas a intensidade caiu com o andamento da partida e os cruzamentos voltaram a aparecer com força.
A pressão acabou rendendo um gol contra de Wagner Leonardo aos 42 minutos do segundo tempo. No entanto, o Botafogo não aproveitou o momento e acabou deixando o campo sem conseguir marcar gols em mais uma partida, repetindo o roteiro visto diante do Cuiabá. Por fim, o nervosismo de Artur Jorge e a expulsão de Tiquinho Soares na reta final evidenciam que o aspecto emocional definitivamente voltou à pauta do alvinegro.
Diante deste cenário, o Botafogo “perdeu o direito” de poupar jogadores ou de entrar com uma intensidade abaixo da mais alta exigência diante de um Palmeiras cada vez mais resiliente. A equipe alviverde está produzindo abaixo de sua capacidade, e Abel Ferreira possui esse entendimento, mas a eficiência e a força mental da atual gestão são imbatíveis em momentos decisivos, como já ficou claro nas últimas temporadas.
O Atlético-MG inicia a final da Libertadores em vantagem física, pois terá um confronto que exigirá muito menos diante do Juventude, em Minas Gerais, e vai poder descansar os principais jogadores do elenco. Porém, não existe alternativa para o Botafogo, que precisa pensar exclusivamente no Palmeiras e em arrancar uma vitória improvável no Allianz Parque nesta terça-feira, 26, para retomar a confiança necessária para disputar uma inédita final de Libertadores.
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Fabrício Carvalho , 90min pt-BR.
Fonte: 90 minutos..
Sun, 24 Nov 2024 18:41:03 +0000