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Em uma noite perfeita de Libertadores na Arena MRV, o Atlético-MG fechou o jogo de ida das semifinais diante do River Plate com a classificação praticamente assegurada. Os times se reencontram na próxima semana, mais precisamente na terça-feira (29), na Argentina.
No duelo tático entre os treinadores, Gabriel Milito se sobressaiu em relação a Marcelo Gallardo desde antes do apito inicial, com as escolhas corajosas na escalação inicial. Nomes como Fausto Vera e Guilherme Arana foram escolhas interessantes para tornar o meio-campo mais dinâmico, mas a principal novidade foi o trio ofensivo com Deyverson atuando ao lado de Hulk e Paulinho.
Desde o início da partida, o campeão mineiro centralizou suas ações em torno de Deyverson, que atuava por dentro com objetivo de ganhar a disputa de bola e movimentar o sistema ofensivo, buscando Paulinho e Arana pelo lado esquerdo, enquanto Hulk se posicionava na direita. Nem mesmo o nervosismo do Galo com decisões de arbitragem no início do jogo foram suficientes para deixar o River Plate confortável.
Após gol anulado por impedimento, os mandantes enfim abriram o placar aos 22 minutos graças à estratégia de seu treinador. Lyanco buscou Hulk pela direita e o artilheiro ganhou da marcação no jogo físico, abrindo espaço para Deyverson concluir com enorme categoria. Os Millonarios tentaram reagir trocando mais passes após o gol sofrido, enquanto o rival passou naturalmente a marcar com linhas um pouco mais atrás do meio-campo, mas a equipe argentina falhou em demonstrar repertório ofensivo.
O início do segundo tempo deixou um alerta para Marcelo Gallardo, que esperou dez minutos para executar três mudanças de uma vez ao ver que o Galo voltou mais intenso e com total controle da posse de bola. As entradas de Meza, Lanzini e Villagra representaram o melhor momento do River na partida, com mais intensidade nas disputas físicas, maior posse de bola e controle do meio-campo.
No entanto, antes de Gallardo optar pelas duas substituições restantes com as entradas de Bareiro e Solari nos lugares de Borja e Colidio, o Atlético-MG chegou ao segundo gol graças ao talento e a estrela de Deyverson. O artilheiro da noite recebeu um toque em profundidade de Arana no meio da defesa, driblou Pezzela e ampliou a vantagem aos 25 minutos do segundo tempo.
O River Plate sentiu o golpe e isso ficou muito evidente quando o Alvinegro precisou de apenas mais quatro minutos para marcar o terceiro. Deyverson recebeu lançamento em posição de impedimento – mas a bola chegou no artilheiro após cobrança de lateral -, antes de um toque na medida achando Paulinho, que finalizou de primeira e ainda contou com desvio na zaga para fazer o terceiro e provocar euforia generalizada na massa atleticana.
Atlético-MG |
River Plate |
|
---|---|---|
Posse de bola |
54% |
46% |
Finalizações (chutes no gol) |
11 (4) |
9 (1) |
Faltas |
14 |
25 |
Passes (certos) |
439 (344) |
366 (261) |
Recuperações de bola |
56 |
53 |
Cortes |
23 |
8 |
Cartões amarelos |
1 |
5 |
Marcelo Gallardo disse em entrevista coletiva que o River Plate precisará de um “jogo perfeito” para buscar a classificação, um fato que seria inédito na história da Libertadores, pois nenhuma equipe reverteu uma desvantagem acima de dois gols em semifinais. Apesar disso, o histórico “brigador” da equipe argentina no Más Monumental estará vivo e a equipe brasileira precisará ficar atento a todas as questões dentro e fora de campo para manter a concentração necessária.
Considerando apenas o aspecto técnico e tático, o Atlético-MG possui jogadores com maior recurso técnico e um treinador que conseguiu entender as características de seu elenco, enquanto Gallardo segue encontrando dificuldades para tornar o sistema ofensivo funcional. Por conta destes fatores, é muito improvável pensar que o Galo poderá perder a classificação na próxima terça-feira (29), a partir das 21h30 (de Brasília).
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Fabrício Carvalho , 90min pt-BR.
Fonte: 90 minutos..
Wed, 23 Oct 2024 13:21:54 +0000