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Atletas falam em “vergonha” por clássico manchado; técnicos também se manifestam

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Atletas falam em

(Foto: Silvia Avila/GettyImages)

​De histórico a vergonhoso. O primeiro Gre-Nal disputado em uma ​Libertadores da América terminou sem gols e de uma forma que ninguém esperava. Um lance, a princípio, simples entre Moisés e Pepê serviu de estopim para uma briga generalizada que manchou os minutos finais do clássico. E o que aconteceu no gramado da Arena não foi aprovado por ninguém.

Moises,Pepe

(Foto: Lucas Uebel/GettyImages)

Após a partida, por óbvio, as entrevistas tiveram como foco a batalha campal que gerou oito expulsões. Os jogadores escolhidos para dar coletiva demonstraram absoluta consciência de que o que aconteceu foi bastante grave, ainda mais para uma realidade na qual se busca utilizar o esporte como exemplo para se conter atos de violência. Todos somos culpados e temos nossa parcela. Ninguém mais respeita ninguém. Temos a oportunidade de dar exemplo, mas não demos. Me sinto envergonhado, mas isso não era o nosso desejo. Infelizmente, foi o que aconteceu”, disse o zagueiro do ​Grêmio Pedro Geromel. Peço desculpas, porque não é legal. Infelizmente, passou do ponto o clima de rivalidade e tivemos um espetáculo feio dentro de campo. Só resta mesmo pedir desculpas ao público por este triste episódio”, acrescentou o goleiro do ​Inter Marcelo Lomba.

Os técnicos também foram obrigados a tratar do tema. “Não é algo que o mundo quer ter como exemplo porque têm muitas pessoas vendo, muitas crianças. Mas a intensidade que se vive numa partida dessa natureza, um clássico, tem sempre alguma coisa que acontece. É a primeira vez na minha carreira que termino um jogo com sete jogadores”, afirmou Eduardo Coudet. Já Renato Portaluppi qualificou o fato como vergonhoso pelo fato de envolver colegas de profissão, mas foi além. “Meus jogadores erraram, os jogadores do Inter erraram, e isso manchou a partida. Agora, não sei de que forma vão entender o que eu vou dizer. Sou contra a violência. O meu time não podia apanhar, tinha que se defender. Teve tumulto, já que está tendo, não vamos apanhar. Nem jogadores do Inter vão ficar para apanhar.Se os caras baterem, meu time vai olhar? Não tenho time de freiras”, completou. 

Luciano,Edenison

(Foto: Lucas Uebel/GettyImages)

No dia 21 de março, no Beira-Rio, ocorre um novo Gre-Nal, dessa vez pelo segundo turno do Campeonato GaúchoJá o duelo de volta pela Libertadores, a princípio, está marcado para 12 de abril.

Fonte: 90min