Na manhã da última quinta-feira (31), a FIFA divulgou a lista dos dez jogadores indicados ao ‘Fifa The Best’, premiação concedida ao melhor atleta do ano, escolhido via votação do público, jornalistas e capitães/treinadores de cada seleção filiada à entidade. Como não poderia ser diferente, o Liverpool, campeão da Champions League e vice da Premier League, emplacou o maior número de representantes nesta relação final, com três jogadores. O que surpreendeu boa parte da opinião pública é que Alisson não figurou entre eles.
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Goleiro menos vazado do futebol inglês na temporada e apontado como o melhor de sua posição no país, o brasileiro teve desempenhos impecáveis nas duas conquistas que celebrou em 2018/19: Champions e Copa América, esta pela Seleção Canarinha. Com taças erguidas e participações decisivas nestas campanhas vitoriosas – sendo escolhido como o melhor arqueiro da competição entre seleções sul-americanas -, é difícil entender como Alisson foi deixado de fora desta lista de finalistas. A única explicação é a tradicional ‘negligência’ destas premiações individuais a jogadores que não atuam no meio-campo ou no ataque.
Outra ausência bastante questionável entre os dez finalistas é a de Raheem Sterling. Campeão de três taças nacionais com o Manchester City em 2018/19 o atacante inglês viveu a temporada mais prolífica de sua carreira, participando diretamente de 33 gols da equipe na temporada, com 22 bolas na rede e onze assistências. Surpreende demais (negativamente!) o fato dos Citizens não terem nenhum candidato ao prêmio, afinal, foi protagonista no ano e teve alguns destaques individuais mesmo em meio ao coletivo fortíssimo.
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Por fim, como deixar de fora um jogador que anotou 38 gols e deu 13 assistências na temporada, conquistando os dois principais troféus disputados em seu país e chegando à semifinal da Champions League, competição pela qual balançou as redes nove vezes? Foi isso que aconteceu com o atacante Dušan Tadić, do Ajax, muito mais decisivo na temporada que seu excelente companheiro de equipe, Frenkie de Jong, que aparece entre os finalistas ao prêmio. Ainda que o jovem volante seja uma grata surpresa e tenha se destacado como o regente desse surpreendente time holandês, os números do sérvio falam por si só.
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Para que os citados pudessem entrar, quem sairia? A disputa é acirrada e os 10 nomes escolhidos estão na primeira prateleira do futebol mundial, no entanto, há jogadores que passaram longe de suas melhores temporadas e ainda assim beliscaram vaga na lista. Este é o caso de Harry Kane (Tottenham) e Mohamed Salah (Liverpool), referências para seus respectivos times, mas não os melhores de ambos em 2018/19. O centroavante dos Spurs, por sinal, ficou longo período no departamento médico, tempo em que Lucas Moura e Son assumiram protagonismo e conduziram o time londrino à decisão europeia.
Fonte: 90min