Após a derrota para o Aimoré e a confirmação de que o Grêmio pegaria o Internacional na semifinal do primeiro turno do Campeonato Gaúcho (e no Beira-Rio), Renato Portaluppi demonstrou tranquilidade. Mas ficou claro, pelo tom da sua voz e pela forma com que respondia aos questionamentos, que estava, no mínimo, incomodado com o desempenho de sua equipe. E não é para menos.
2019 todinho, o Renato cometeu os mesmo erros de ontem, defendi a permanência dele, pq não tinha outro técnico bom livre no mercado, mas se esse ano continuar assim, já pode larga agr. Esse ano eu quero Títulos. @romildogremio
— Sempre Grêmio (@Tridaliber) February 10, 2020
O Tricolor, até aqui, faz um Estadual bastante pobre em termos de desempenho, o que não o credencia a encarar o clássico do final de semana, ao contrário do que acontecia no ano passado, na condição de favorito. Aliás, para mudar este panorama, uma atitude do treinador será fundamental. Em jogo único, não se pode dar chance para o azar. Desde 2019, Renato tem colocado suas fichas em nomes que não proporcionam o rendimento adequado, o que se repete com Luciano neste início de temporada.
A hora é de tomar decisões importantes, afinal trata-se de um confronto em jogo único na casa do adversário. Se Diego Souza está fazendo gols em sua reestreia, que fique no ataque. E se Luciano não está rendendo, seja mais à frente ou no meio-campo, que dê lugar a Thiago Neves mostrar a que veio. Renato, sim, tem a missão de dar uma cara nova a este time. Não pode, também, esperar para recolocar Matheus Henrique, de volta da seleção olímpica. Ah, e se já lançar mão de Caio Henrique na lateral esquerda, não será nada absurdo.
O Grêmio fez boas contratações, possui um bom time, tem um elenco forte. Só que, não adianta nada ter um bom material humano se o treinador não sabe usar. Renato tem que mudar seus pensamentos, caso contrário, vai ser difícil a vida do Grêmio daqui pra frente.
— Bruno Segato 🇧🇼🇪🇪 (@SegatoBruno) February 10, 2020
No Rio Grande do Sul, se diz que arriscar em Gre-Nal é o primeiro passo para se dar mal. Mas quando se trata de dar qualidade a uma equipe que vem rendendo pouco, com um futebol lento e burocrático, arriscar é preciso, independentemente do jogo que se tenha pela frente.
Fonte: 90min