Brasil

82 dias para a Copa do Mundo: o marcante Brasil de 1982 e a sina da Tragédia do Sarriá

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Faltam (apenas) 82 dias para a Copa do Mundo do Catar e, pensando nisso, o 90min decidiu lembrar da fatídica história da Seleção ‘mais maravilhosa’, nas palavras do gênio Pep Guardiola, que já existiu: o Brasil de 1982 e, inevitavelmente, de sua sina na conhecida Tragédia do Sarriá. E bom, essa não é uma narrativa acerca de uma equipe campeã, mas, sim, sobre um esquadrão histórico e ‘cheio de emoção’ que marcou época e fez (e faz) parte do imaginário do futebol.

O Mundial de 1982 foi disputado na Espanha e, nele, o Brasil do técnico Telê Santana e de craques como Zico, Sócrates, Leandro, Júnior e Falcão esperava acabar com jejum de mais de 12 anos, marcado pelos fracassos na Alemanha Ocidental (1974) e na Argentina (1978) após a inesquecível conquista de 1970 (no México), e, enfim, reencontrar o olimpo do esporte.

Com essa nobre tarefa, a Amarelinha desembarcou na Europa motivada e disposta a ‘fazer história’. Assim, engatou bons resultados, empolgou e com futebol-arte e muita técnica e qualidade foi enfileirando vitórias expressivas e construindo favoritismo. E mais, no processo, ainda angariou fãs de todo o planeta, inclusive do país sede da Copa.

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A “Tragédia do Sarriá” parou o Brasil de 1982. | Alessandro Sabattini/GettyImages

Em sua campanha, o Brasil colecionou quatro vitórias e apenas uma derrota. Os triunfos foram contra: União Soviética (2 a 1, de virada), Escócia (4 a 1), Nova Zelândia (4 a 0) e Argentina (3 a 1), sendo está última já na segunda fase de grupos. Esses resultados, além das atuações praticamente irretocáveis, elevaram a confiança da Amarelinha e a colocaram como uma das grandes postulantes ao troféu.

A grande caminhada na Espanha, no entanto, teve um fim precoce e trágico para a Seleção, que caiu ainda na segunda fase de grupos, etapa equivalente às quartas de final na atualidade, para a Itália, no triste dia 5 de julho de 1982, no Estádio de Sarriá, em Barcelona. Neste palco da bola, que já não existe mais, o Brasil viveu uma das mais amargas e dolorosas derrotas da sua história.

Contra a Azzurri, que fazia campanha muito aquém das expectativas e não empolgava, o time verde e amarelo largou mal e sofreu um gol logo aos cinco minutos do primeiro tempo. Carrasco, o eterno Paolo Rossi aproveitou cruzamento de Cabrini e cabeceou sem chances de defesa para Waldir Peres. A vantagem italiana, porém, não durou muito: Sócrates recebeu de Zico e mandou para o fundo das redes. Tudo igual: 1 a 1. O empate, cabe pontuar, dava a classificação ao Brasil.

Contudo, o time da “Terra da Bota” não se entregou e anotou mais um tento ainda nos 45 minutos iniciais. Aos 25’, Rossi marcou mais um, o seu segundo no jogo. O 2 a 1 não interessava ao “País do Futebol”, que se lançou ao ataque e conseguiu igualar o marcador na metade da segunda etapa, com golaço de Falcão. A Itália, no entanto, voltou a ficar em vantagem: Rossi completou hat-trick, definiu o placar em 3 a 2 e garantiu o seu país vivo na Copa do Mundo.

Com o revés, a Seleção Brasileira se despediu do Mundial e viu o seu belo futebol sucumbir para uma Itália valente e competitiva, além de campeã, mas construiu legado e deixou marca imortalizada na famosa Tragédia do Sarriá – e no coração dos amantes do futebol.

Fonte: 90min