Ser herói e conquistar títulos vestindo a camisa de sua seleção nacional é o sonho de quase todo atleta profissional, mas é um feito para pouquíssimos. Contudo, alcançá-lo não significa, necessariamente, glória/prestígio eterno: o nome do ‘salvador da pátria’ pode até ficar marcado na história, mas a badalação em seu entorno pode desaparecer em um ‘piscar de olhos’. Foi exatamente isso que aconteceu com os quatro jogadores listados a seguir, que foram da glória à derrocada em curtíssimo espaço de tempo. Confira:
1. Ederzito
Talvez seja o caso mais emblemático desta pequena lista. Desconhecido do grande público, o camisa 9 foi uma ‘aposta’ do treinador Fernando Santos para a disputa da Eurocopa de 2016. O centroavante precisou de apenas 15 minutos em campo para decidir a competição em favor de Portugal, anotando o gol único da final contra a França e trazendo a primeira taça continental para seu país. A consequência imediata foi uma maré de euforia pairando sobre o ‘iluminado’ Ederzito nos meses após o torneio, mas sua carreira só declinou. Está no Lokomotiv Moscou atualmente, após passagem pouco impactante pelo Lille (FRA).
2. Renato Sanches
Ao contrário de Eder – que ficou marcado por ter entrado e decidido o jogo derradeiro -, Renato Sanches ganhou holofotes após a Euro 2016 por sua campanha como um todo. Mesmo muito novo (20 anos), o volante foi um dos pilares daquele time campeão, participação que o colocou imediatamente no radar de gigantes do Velho Continente. Acabou contratado pelo Bayern de Munique por 35 milhões de euros, mas não conseguiu repetir o nível de performances vestindo a camisa do gigante alemão. Tenta recomeçar sua carreira no Lille, seu clube desde 2019.
3. Mario Götze
No início da década passada, não havia sequer uma lista de jovens jogadores promissores que não trouxesse Mario Götze em suas primeiras posições. Viveu temporadas espetaculares sob a batuta de Jürgen Klopp no Borussia Dortmund, sendo convocado por Joachim Löw para a Copa do Mundo de 2014. Não foi titular na campanha, mas saiu dela como herói ao anotar o gol único do título alemão, em pleno Maracanã, na prorrogação contra a Argentina. Apesar do status de campeão do mundo, os anos seguintes de sua carreira foram decepcionantes: rumo ao rival Bayern de Munique, mas não se firmou na Baviera.
4. Claudio Bravo
O goleiro é um dos maiores ídolos contemporâneos do povo chileno, algo que se explica não só pelos anos de serviços prestados à Roja, mas principalmente por suas atuações decisivas no bicampeonato da Copa América pelo Chile (2015 e 2016). As duas finais foram às penalidades e, em ambas, Bravo fez ao menos uma defesa. Apesar de exibir grande forma pela Nacional, foi ‘trocado’ na hierarquia do Manchester City em 2017, ano em que o clube contratou o brasileiro Ederson. Hoje, o chileno de 36 anos é reserva absoluto e soma cada vez menos minutos.
Fonte: 90min