Obviamente que ganhar é muito melhor do que perder. No entanto, até mesmo na derrota, por vezes, se vê times com potencial e que acabaram não alcançando o objetivo por fatores alheios ao controle humano. Ao longo da história, muito embora não se negue a qualidade de rivais europeus, equipes sul-americanas, ganhando ou perdendo, mostraram que era possível encarar de frente adversários muito mais poderosos. E é nosso dever relembrar alguns desses momentos da década de 1990 em diante.
São Paulo – 1992/1993/2005
Não é todo dia que um time brasileiro consegue, em dois anos seguidos, superar grandes potências europeias (no caso, Barcelona e Milan) e se sagrar bicampeão mundial. Pois isso aconteceu, e com muito mérito, em 1992 e 1993. Vitórias inesquecíveis e inquestionáveis, para delírio dos tricolores. Depois, em 2005, voltaria a ter sucesso, com uma atuação épica de Rogério Ceni, frente ao Liverpool.
Grêmio – 1995
Jogando com um homem a menos boa parte do duelo, o Grêmio encarou de frente o poderoso Ajax e até poderia ter vencido, já que teve as melhores chances da partida. No final, 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação levou a decisão do Mundial para os pênaltis, com os holandeses se saindo melhor.
Vasco da Gama – 1998
E não é que os cariocas, diante de um Real Madrid que tinha Redondo, Roberto Carlos, Seedorf, Sávio e Raul, fizeram um enfrentamento para lá de interessante? Por um momento, quase colocaram os espanhóis na corda, e nem mesmo a derrota por 2 a 1 fez apagar todo o trabalho realizado até ali.
Boca Juniors – 2000/2003
Não foi em dois anos consecutivos, mas conseguiu repetir o feito do São Paulo, superando nada menos que Real Madrid e Milan, respectivamente, para mostrar a força de sua camisa.
Internacional – 2006
Era, sim, muito difícil competir com o Barcelona. Mas, com estratégia, segurou as principais armas do adversário. Taticamente, foi perfeito, e isso mostra que, se pensando bem a partida, não necessariamente é preciso ter os principais jogadores para se sair vencedor, muito embora o Colorado contasse com um elenco de respeito, que até hoje é lembrado como um grande campeão mundial.
Estudiantes de La Plata – 2009
Foi outro representante sul-americano a se utilizar de uma planificação tática para tentar superar o Barça. E foi por pouco que não conseguiu. O time argentino esteve à frente do placar até os 44 minutos do segundo tempo. Foi aí que sofreu o empate e viu o adversário, na prorrogação, se sair vencedor do Mundial.
Corinthians – 2012
Se o sonho da Libertadores já estava concretizado, o Timão queria mais. Contou com o brilhantismo do goleiro Cássio e também viu o centroavante Paolo Guerrero decidir. O título mundial, obtido diante do Chelsea, ficou em boas mãos.
Flamengo – 2019
Tido como o grande time sul-americano dos últimos tempos, o Flamengo perdeu a final do Mundial para o Liverpool, é verdade. Mas impôs muitas dificuldades ao renomado elenco inglês. Teve chance de sair na frente e, depois, de empatar o duelo, decidido apenas no detalhe da prorrogação.
Fonte: 90min