A pandemia de coronavírus ameaça o término da temporada 2019-2020 do futebol europeu. Com as competições paralisadas e sem previsão de volta, um eventual cancelamento das ligas irá gerar um prejuízo que, na conversão, ultrapassa os R$ 40 bilhões. Ao menos esta é a estimativa feita por Javier Tebas, presidente da La Liga (Campeonato Espanhol).
Segundo o dirigente, a estrutura do esporte como um todo está ameaçada. “Se somarmos o futebol das 30 ligas europeias, 7,5 bilhões de euros estão em risco nesta crise. Este seria o custo de não poder completar todas as competições. E isso colocaria em risco a indústria do futebol em alguns lugares. Temos que resolver isso globalmente, pois é um problema de todos”, disse ele, durante conferência de imprensa.
Existe, porém, um otimismo pela contenção da doença e a retomada das disputas. Conforme Tebas, com o panorama atual, a ideia é colocar a bola em jogo no mês de maio, sem a necessidade de estender o calendário. Ou seja, a princípio, ele recusa a hipótese de se definir campeões e rebaixados fora de campo. “Não é uma questão de fé, é uma realidade: as competições terminarão em junho. Se já falávamos isso antes do adiamento da Euro para 2021, agora, com mais motivos, voltamos a afirmar. Os grandes, em suma, perderam uma quantia muito importante. Por outro lado, como forma de amenizar isso, se concluirmos os calendários, as receitas de TV e bilheteria, ao menos, permanecerão intactas. 28% dos contratos de televisão, que superam os 500 milhões de euros [cerca de R$ 2,7 bilhões], ainda precisam ser recebidos. Eu não diria que os clubes entrariam em crise porque, graças ao controle que é feito da economia, mas os clubes perderiam competitividade por vários anos. Em nosso país, 150 mil pessoas vivem direta ou indiretamente desse esporte. O futebol move 1,67% do PIB”, concluiu. Agora, resta saber o COVID-19 será realmente controlado a ponto de garantir a volta aos gramados.
Fonte: 90min