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Conheça a Conference League, a “terceira divisão” da Champions

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Novo torneio criado pela Uefa abre oportunidades para clubes de países inexpressivos no futebol

Fonte: Wikimedia Commons

Cada vez mais superior em relação ao resto do mundo, o futebol da Europa ganhou mais um incentivo neste ano. Foi inaugurada, na metade de setembro, a Conference League, a terceira competição de clubes da Uefa.

A nova competição funciona como uma “terceira divisão” da Champions League – assim como existe a Liga Europa, considerada a “segunda divisão” da Champions. Na América do Sul, o paralelo é o mesmo com a Copa Sul-Americana, a “segunda divisão” da Copa Libertadores.

A Champions e a Liga Europa estão na fase de grupos, enquanto a Libertadores e a Sul-Americana terão suas finais nas próximas semanas. Utilize o código bônus para saber quem são os favoritos e dar os seus palpites.

O que é e como funciona a Conference League

A Conference League foi idealizada para permitir que participem de um torneio internacional clubes de países que não costumam conseguir nenhuma classificação para a Champions ou para a Liga Europa.

A fase de grupos do torneio possui o formato tradicional de 32 clubes divididos em oito grupos. Antes disso, são disputadas três fases preliminares, mais uma fase de play-offs.

Na temporada atual, as fases preliminares já foram concluídas, e a quarta rodada da fase de grupos será disputada no dia 4 de novembro. Assim como na Liga Europa, os jogos da Conference League ocorrem às quintas-feiras – sem disputar espaço com a Champions, cujas partidas são nas terças e quartas-feiras.

O regulamento prevê que todas as 55 federações nacionais filiadas à Uefa tenham ao menos um dos seus clubes classificados para a Conference League. As cinco maiores federações (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França) têm apenas um clube na Conference League.

Além disso, 20 clubes eliminados na Champions e 26 eliminados na Liga Europa são transferidos para a Conference League.

Com isso, até países com menos de 50 mil habitantes, como San Marino, Andorra e Gibraltar, tiveram times classificados para a temporada atual. A maioria dos clubes desses países, no entanto, foram eliminados na primeira fase preliminar.

Após as complexas fases preliminares, cuja segunda etapa chegou a incluir 108 clubes, 32 equipes de todas as regiões da Europa obtiveram a classificação para a fase de grupos da Conference League.

Entre eles está o Tottenham, que ficou em sétimo lugar na Premier League inglesa – é o único time de expressão em nível europeu que está disputando a Conference League.

A França está representada pelo Rennes, a Itália, pela Roma e a Alemanha, pelo Union Berlin.

Dinamarca, República Tcheca e Chipre têm dois clubes na fase de grupos, assim como Israel – que, apesar de ficar no Oriente Médio, é filiado à Uefa.

O Cazaquistão, que também não fica na Europa e é englobado pela Uefa, tem um time na fase de grupos, assim como Noruega, Finlândia, Estônia, França, Gibraltar, Alemanha, Suíça, Itália, Áustria, Eslováquia, Eslovênia, Sérvia, Grécia, Romênia, Bulgária, Ucrânia, Armênia e Azerbaijão.

A Armênia, a Estônia e Gibraltar nunca haviam participado de qualquer competição de clubes da Uefa.

O primeiro colocado em cada grupo avança para as oitavas de final. O segundo colocado de cada grupo vai para uma fase de play-offs contra os terceiros colocados da Liga Europa, e os vencedores dos play-offs preenchem as oito vagas restantes nas oitavas de final.

Uma versão sul-americana?

A Uefa é uma criadora de tendências e não seria surpreendente se a Conmebol resolver criar um novo torneio para incluir clubes inferiores àqueles que participam da Sul-Americana.

Se essa competição fosse criada nos moldes da Conference League, ela não teria grandes efeitos para Brasil e Argentina – já que a Conference foi desenhada justamente para dar pouco espaço às potências regionais.

Traçando uma projeção com a Conference, a nova competição da Conmebol incluiria os 16 times eliminados na fase preliminar da Sul-Americana, que são representantes das oito federações mais fracas da América do Sul. Também teriam vaga no novo torneio os oito eliminados da segunda fase da Libertadores, o que daria espaço a times tradicionais brasileiros.

O Brasil teria apenas uma ou duas vagas, destinadas ao 13º e ao 14º colocados do Campeonato Brasileiro. Nos casos em que o Brasil ganha vagas extra na Libertadores, haveria a possibilidade de que um time fosse rebaixado para a Série B e, ainda assim, ganhasse uma vaga na competição da Conmebol.

Essa é apenas uma projeção, mas vale a pena ficar atento para os próximos movimentos da Conmebol diante da mais nova inovação do futebol europeu.