“Batman não mata!” Essa é uma das regras primordiais da DC Comics, algo que todos os leitores do Batman sabem. Embora ele já tenha sujado bastante suas mãos de sangue nos quadrinhos e, principalmente, nos cinemas, o Homem-Morcego raramente cruza a linha que o separa de seus maiores inimigos. E, agora, uma nova HQ do personagem mostra a verdadeira razão por trás disso.
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Atenção para spoilers de Batman #127 à frente!
Antes de mais nada, é preciso lembrar que, lá nos primeiros anos dos quadrinhos de Batman, nos anos 1940, o Homem-Morcego chegava a matar seus oponentes. Isso acontecia raramente, e, mesmo assim, não era assim algo tão importante para o andamento da trama. Era tão irrelevante para suas narrativas, que aos poucos a regra de não assassinar seus oponentes acabou se tornando uma marca no comportamento de Bruce Wayne.
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Ao longo dos anos, principalmente depois dos anos 1980, quando os quadrinhos do herói se tornaram mais realistas, violentos e sombrios, a questão voltou à tona de tempos em tempos. E toda vez que a discussão retorna, há sempre uma “atualização” para a regra: desde os valores de seu pai médico, passando pelo trauma do uso de armas e da morte de seus pais, até a concepção de uma sociedade melhor sem homicídios — ou simplesmente o fato de que Batman não quer se tornar como seus inimigos assassinos.
De qualquer forma, a DC acaba de introduzir um novo motivo. Em Batman #127, de Chip Zdarsky e Jorge Jiménez, lançado em setembro, a “personalidade backup” de Batman, conhecida como Zur-En-Arrh, gera uma cópia própria, o androide Failsafe — ou seja, é uma versão “reboot emergencial” do Homem-Morcego inventando um robô de si mesmo “à prova de falhas”.
Esse androide é programado para ser ativado se Batman estiver cruzando a linha, prestes a tirar uma vida, com o objetivo de caçar e capturar Bruce Wayne caso isso aconteça. Como Zur-En-Arrh é uma “personalidade reserva” do herói, ele mesmo não deveria saber da existência de Failsafe. Mas… a história mostra que o próprio Homem-Morcego sabe que não dá para confiar em si mesmo.
Assim, a trama sugere que, mesmo que Zur-En-Arrh tenha dito que apagou o plano de contingência Failsafe para o caso de Batman violar a regra de “não matar”, o próprio Bruce Wayne conhece bem sua violenta e desequilibrada persona alternativa. Portanto, a história mostra que o Homem-Morcego não assassina ninguém também pelo simples motivo de ele mesmo ter uma forma de impedir que faça isso.
Embora essa seja uma razão muito “menos nobre” do que todas as outras anteriores, faz sentido. Afinal de contas, Batman tem planos para tudo: ele tem bases secretas na lua e esconderijos seguros e já fez vários planos de contingência para derrotar seus inimigos e até a própria Liga da Justiça. Então, ter um mecanismo próprio para evitar que mate outras pessoas não chega a ser assim uma surpresa na trajetória de Bruce Wayne.
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Fonte: Canaltech