Seja por culpa, trauma, respeito à vida ou pelo simples fato de não dar um passo perigoso rumo ao caminho que pode torná-lo parecido com os próprios vilões que enfrenta, Batman se recusa a matar pessoas. A regra é tão rígida que até mesmo poupa os criminosos mais cruéis e malignos, e se tornou parte central e consistente do personagem durante quase todos os cem anos de história.
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Mas em Batman: Death of the Maidens #2, série limitada de nove edições publicada em 2003-2004, o Homem-Morcego perdeu a paciência com um vilão bastante conhecido. Ra’s al Ghul, que costuma usar os Poços de Lázaro para continuar renascendo e rejuvenescendo, é um dos criminosos mais recorrentes e perigosos do herói. E, em uma nova HQ publicada há poucas semanas, a trama revela que Batman não se importa, pelo menos indiretamente.
Em Batman: Death and the Maidens #2, Ra’s al Ghula confronta Batman sobre o fato de estar usando a Wayne Enterprises para destruir sistematicamente seus Poços de Lázaro. O Homem-Morcego afirma que o vilão deveria ter morrido há muito tempo; e que esses recursos vêm prolongando sua vida de forma anormal.
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Assim, Batman entende que remover suas fontes de vida eterna não configura um assassinato nos termos que todos conhecemos há séculos. Só que Ra’s al Ghul não é um dos principais inimigos do Cavaleiro das Trevas à toa e dá um jeito de contornar a situação.
Ra’s al Ghul já vive há quase 1 mil anos
O vilão conheceu o Poço de Lázaro quando era jovem, e, embora envelheça e possa até ser morto, ao ser submerso novamente em um desses locais “cura” tudo isso. As covas retardam seu amadurecimento, permitindo-lhe recuperar a juventude e a vitalidade, podendo até reverter a morte.
Ra’s usava os Poços de Lázaro há centenas de anos antes de conhecer Batman, e, quando o herói soube dessas covas, aparentemente percebeu que o vilão se trata de uma ameaça que nunca será neutralizada de uma vez por todas.
É por isso que Batman começou a usar seus recursos como Bruce Wayne para construir sobre qualquer Poço de Lázaro que encontrasse. Ainda que não seja de uma forma direta, isso pode ser considerado um plano do herói para matar o vilão, que, se ficar privado por muito tempo, eventualmente envelhecerá naturalmente e morrerá.
Batman parece acreditar que isso é apenas a natureza seguindo seu curso; e, assim, considera que, ao impedir Ra’s al Ghul de usar os poços, não está tecnicamente matando o vilão. Sua regra fundamental de não assassinar ninguém é extremamente importante para o personagem e se manteve pouco flexível ao longo dos anos.
Para contornar essa situação, o vilão compara a substância presente nos Poços de Lázaro a um remédio que ele usa frequentemente quando seu corpo começa a se deteriorar. Em seu argumento, ele até apela para um gatilho emocional de Batman, tirando um frasco do bolso com a sugestão de que Wayne use-o para ter um breve momento com seus pais mortos.
A tática de Ra’s al Ghul funciona, e Batman acaba cedendo, deixando os Poços de Lázaro abertos. De qualquer forma, isso não apaga da história um raro momento em que o herói teve mesmo a intenção de matar seu inimigo, mesmo indiretamente.
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Fonte: Canaltech