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Formado em jornalismo, Willians Glauber se viu atraído para escrever ficção em 2014, depois de se frustrar com o desenrolar de uma história que esperava havia muito tempo para ser lançada. Aquilo foi o gatilho para se dar conta de que, se poderia consertar as falhas naquela trama, por que não escrever uma do jeito que ele sempre quis ver?
Confira a entrevista exclusiva com este jovem autor, o qual fará você ver o Brasil com olhos ainda mais apaixonados:
Mundo Positivo: Você comentou que teve inspirações não só em séries de TV, em outros livros, como na sua própria família. Conte um pouco mais sobre o que te inspirou a criar “As Descendentes”.
Willians Glauber: Minha avó era índia, de aldeia mesmo, ela nasceu em uma tribo na Bahia e veio de lá para São Paulo com a primeira filha. Apesar de eu ter ficado sabendo disso só depois da morte dela, me fez lembrar o quanto ela tinha conhecimento sobre ervas, algumas simpatias, uma série de crendices, como minhas tias costumam dizer. Ali me dei conta de que na minha árvore genealógica tinha sangue indígena e que nessa herança poderia estar uma ótima história. Mas acho que a vontade de escrever veio aos poucos, eu me frustrava com algumas histórias que lia ou assistia sobre magia. Tirando Harry Potter, ela nunca foi tratada da maneira que eu esperava e queria, sabe? Daí usei isso como motivação para escrever a minha história.
MP: Quando você fala de magia, está falando de varinhas mágicas, poções, feitiços, criaturas sobrenaturais…?
WG: Sim e não. Nossa cultura indígena brasileira tem milhares de mitologias, lendas, receitas, crenças, é tudo tão rico que você fica perdido diante de tanta inspiração para histórias incríveis. Mas as criaturas sobrenaturais vão ficar para um outro livro, nesta trilogia de contos, e no meu primeiro romance, eu quis muito trabalhar com uma magia tupiniquim, inserida no nosso dia a dia, é uma ficção realista com toques de fantasia. Não tem varinhas mágicas, nem lobisomens ou vampiros, a essência de tudo é responder à pergunta: o que aconteceria se descobrissem que certas pessoas têm o dom da magia no mundo de hoje, diante de tanto preconceito, cobiça, egoísmo, corrupção?
MP: Pode contar um pouco mais sobre as histórias dessa trilogia de contos?
WG: Essa é uma pergunta que sempre fico ensaiando para responder, porque ao mesmo tempo que as pessoas precisam saber do que se tratam as histórias, eu não posso entregar muito, por ser algo curto. Então para mim qualquer detalhe é spoiler (risos). Mas posso adiantar que todas elas são protagonizadas por mulheres fortes, em diferentes fases da vida. Nós a conhecemos em diferentes estágios da relação delas com a magia, mas em todos elas enfrentam um perigo iminente, que coloca em risco não só elas, como todos à sua volta. A magia vem com um custo muito alto para quem tem ela no sangue. Eu gosto e prefiro trabalhar com mulheres protagonistas porque é o maior referencial de força e superação que tive e tenho na vida. A Cristina, a Leda e a Rita, minhas protagonistas, são mulheres que não se dão por vencidas facilmente e não vão medir esforços para defender o que é delas por direito.
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MP: Os contos da trilogia são continuações um do outro ou histórias independentes?
WG: Bom, não quero estragar a surpresa, mas eles não têm uma ordem para serem lidos. Só adianto que, quem ler os três vai saber pegar as migalhas de pão que fui deixando pelo caminho.
MP: Você citou antes que esse mesmo enredo também permeia seu primeiro romance. A trilogia de contos “As Descendentes” seria um pedaço dessa história maior? E o nome do seu livro também será esse?
WG: Os contos na verdade são uma espécie de prequel do romance. Digamos que quem leu a trilogia e ler o livro vai ter uma história ainda mais complexa e contextualizada nas mãos. E não, o livro não vai ter esse nome, eu criei um neologismo para o título.
MP: E o livro, está pronto?
WG: Estou em fase de reescrita e revisão, a pior parte, diga-se de passagem. Quando você finalmente termina sua história, descobre que o mais fácil é colocar as ideias no papel, o difícil mesmo é fazê-la ficar atraente, complexa e sem furos (risos). Depois de deixar o livro redondinho, começa a grande caçada por editoras interessadas.
Assista ao trailer da trilogia de contos “As Descendentes”, do escritor Willians Glauber:
Confira as sinopses de cada conto da trilogia “As Descendentes”:
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Cristina nunca havia imaginado que seu presente de aniversário seria aquele. Acordar no meio da noite e se deparar com tal surpresa não lhe pareceu um, pelo menos. Estava realmente ali ou era apenas fruto da indigestão e do sono? Fosse uma coisa ou outra, a menina se sentia apavorada, seu corpo tremia. A noite seria longa e com o amanhecer viriam descobertas que tornariam sua vida tão emocionante quanto o que aconteceria em seguida.
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Leda não queria acreditar no que estava acontecendo. O que faria caso a situação saísse de seu controle? Afinal era uma das únicas ali capaz de defendê-las. A porta estremecia sob as batidas, estavam prestes a invadir a Casa. Torcia para que conseguissem passar por aquela noite, a pouca ajuda das outras teria que bastar. E eis que ouviram o último estrondo antes de a porta cair.
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Rita jamais havia trabalhado sob tanto caos como naquela noite, os corpos feridos pareciam surgir como um enxame de abelhas. Até que o barulho foi ouvido por todos e o hospital foi tomado. Ela precisava fazer alguma coisa antes que mais pessoas se machucassem: decidiu se entregar. Mas qual seria a consequência de tal ato de nobreza? O preço a ser pago se mostraria alto e nada que fizesse mudaria o que estava prestes a acontecer.
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