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Religiosidade e Folclore pernambucano são as marcas do Encontro Nacional de Grupos de Cavalo Marinho, que acontece logo mais, a partir das 18h, na Casa da Rabeca, que fica em Olinda, Pernambuco.
O evento gratuito, que chega a sua edição de número 29, foi criado por Manoel Salustiano Soares, ou Mestre Salustiano, artista múltiplo e produtor de espetáculos e folguedos tradicionais. É a família do Mestre que vem mantendo a tradição, onde vários grupos de Cavalo Marinho pernambucanos se reúnem numa importante manifestação cultural que são as terreiradas; nelas, os brincantes encenam o auto natalino com músicas, improviso e coreografias.
O Cavalo Marinho é a versão para o boi de terreiro e tem relação próxima com a religiosidade local, atingindo seu ápice na época natalina. A brincadeira só existe na Zona da Mata Norte de Pernambuco e também há registros no estado da Paraíba.
A encenação dos grupos é caracterizada por música, dança, poesia, coreografias e toadas; costuma reunir mais de 70 personagens, todos vestidos com máscaras, fitas, espelhos. Eles são divididos em três categorias: animais, humanos e fantásticos. Durante a encenação, o diálogo se alterna com a música, que é o fio condutor de toda a trama; há um vocalista principal e outros de apoio, que são acompanhados pelo “banco”, cujo instrumental é formado por rabeca, pandeiro, bagé, reco-reco e ganzá. Os passos são rasteiros, para levantar poeira, intercalados com saltos rápidos e vigorosos. Uma apresentação completa pode durar em torno de 8 horas sem intervalo.
akemi.souza , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Wed, 25 Dec 2024 15:18:26 +0000