O aumento das chuvas e, por consequência, dos raios e descargas elétricas, aliado ao crescimento do consumo devido ao calor, acabam por tornar mais frequentes as quedas de energia. Nesse contexto, a perda de equipamentos eletrônicos devido a falhas, picos e oscilações de tensão é muito comum e deve ser acompanhada por medidas preventivas capazes de evitar a queima de dispositivos e eletrodomésticos.
Em casa, é possível usar estabilizadores de tensão, filtros de linha e nobreaks. No caso de empresas, tanto de pequeno como de grande porte, o uso de nobreaks mais parrudos e até de geradores de energia pode ser necessário, orienta o professor e engenheiro eletricista João Carlos Lima, do Grupo Loja Elétrica.
Segundo ele, os filtros de linha, apesar de muito usados, nem sempre desempenham a função de proteção dos aparelhos eletrônicos. “O DPS – Dispositivo de Proteção contra Surto seria uma alternativa mais interessante, pois atua como um verdadeiro guardião dos eletrodomésticos, principalmente os eletrônicos. Na hora das tempestades e raios, por exemplo, ele garante 100% de eficiência na prevenção de queima desses equipamentos”, ressalta o engenheiro.
O professor explica que existem três classes de DPS:
DPS Classe I: instalado na rede da concessionaria, executa a proteção da edificação contra raios que incidam diretamente na rede elétrica ou na própria edificação.
DPS Classe II: instalado no Quadro Geral (QDC), da edificação. Desempenha uma proteção contra sobretensões na rede induzidas ou residuais do DPS Classe I.
DPS Classe III: Instalado na entrada dos equipamentos sensíveis, principalmente os eletroeletrônicos. Atuam como uma proteção de ajuste fino, sendo indicado também para proteção de redes elétricas, de dados e sinais. Sua instalação é simples uma vez que ele é plugado na tomada de energia elétrica ou de sinal de cada aparelho a ser protegido.
A qualidade dos dispositivos deve ser também observada por meio das certificações exigidas, uma vez que dispositivos falsificados ou importados de baixa qualidade não seguem as normas técnicas vigentes, colocando em risco a instalação e os eletrônicos.
“Um DPS de baixa qualidade ou pirata pode não atuar corretamente quando necessário, ocasionando grandes danos nas instalações e nos equipamentos eletroeletrônicos da edificação”, lembra o professor.