Ainda faltam mais de 15 dias para o mês de julho ser encerrado, mas já é possível afirmar que ele deve entrar para a história. Entre os dias 3 e 5, o planeta bateu recordes consecutivos de aumento na temperatura média global, segundo a plataforma Climate Reanalyzer.
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Na penúltima segunda-feira (3), a temperatura média global foi de 17,01 ºC. Na terça, as temperaturas subiram um pouco mais, chegando até 17,18 ºC. Na quarta (5), foi o pico com os termômetros batendo 17,23 °C. Todos os dias do começo daquela semana histórica um recorde foi quebrado, desde pelo menos 1979.
É o que revela a ferramenta não oficial, desenvolvida pela Universidade do Maine, nos Estados Unidos. Para chegar a estas estimativas de temperatura média da Terra, somando as medições dos continentes e dos oceanos, o Climate Reanalyzer extrai dados de ferramentas de medição atmosférica, de observações sobre a superfície e de satélites.
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Impacto das altas temperaturas de julho
Como consequência do aumento global da temperatura média naquela semana, alguns fenômenos foram registrados em diferentes partes do mundo. Por exemplo, o Ártico se deparou com um aumento de 10 ºC na temperatura, o que levou ao derretimento de gelo em uma ilha local.
Em Jingxing, na China, os termômetros chegaram a 43,3 °C — esta temperatura representa um calor perigoso para o corpo, próximo do limite seguro, no qual alterações na função cardíaca já podem ser observadas, segundo recente estudo.
O mundo nunca esteve tão quente?
Tirando os extremos, a temperatura média por volta de 17 °C, está longe de parecer algo extremamente quente. Só que, quando se considera que esta é a média tanto dos continentes quanto dos oceanos, é bastante significativa, já que envolve até os polos.
A explicação para a mudança climática é um misto do efeito da ação do homem com a chegada do El Niño — este é parte de um ciclo natural de oscilação da temperatura nas águas do Oceano Pacífico. Oficialmente, as autoridades identificaram a volta do fenômeno no começo de junho, com a capacidade de levar o oceano a até 4 ºC acima de sua temperatura usual.
Junho já tinha registrado recorde de altas temperaturas
A questão é que as temperaturas de julho não parecem um caso isolado, mas, talvez, sejam uma continuação da elevação da temperatura média identificada em junho, conforme apontam os dados do Copernicus Climate Change Service (C3S), da União Europeia. Para a organização, foi o “junho mais quente já registrado globalmente” na média histórica de outros junhos.
Inclusive, o monitoramento revela que partes do Canadá, Estados Unidos, México, Ásia, leste da Austrália e noroeste da Europa ficaram significativamente mais quentes do que o normal, o que teria contribuído para o aumento global. Só que, como esta é uma média, foi possível observar também que o oeste da Austrália, o oeste dos Estados Unidos e o oeste da Rússia estavam mais frios que o normal.
“O gelo do mar antártico atingiu sua menor extensão em junho desde o início das observações de satélite, 17% abaixo da média, quebrando o recorde anterior”, acrescenta o C3S.
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Fonte: Canaltech