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Saiba como os furacões contribuem para o aquecimento dos oceanos

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Saiba como os furacões contribuem para o aquecimento dos oceanos - 1

Furacões e ciclones são fenômenos que podem ser extremamente destrutivos quando atingem a terra firme, mas um outro impacto menos óbvio destes eventos foi revelado por um estudo publicado nesta terça-feira (20). Estas tempestades são capazes de liberar calor no fundo do oceano, afetando a circulação da água e de nutrientes pelos mares.

Não é só o aquecimento do oceano que favorece a formação de furacões, estes fenômenos também ajudam o oceano a esquentar, indica estudo (Imagem: NASA)
Não é só o aquecimento do oceano que favorece a formação de furacões, estes fenômenos também ajudam o oceano a esquentar, indica estudo (Imagem: NASA)

O calor é um fator determinante na formação dos furacões: são as águas quentes que fazem com que o ar úmido logo acima da superfície do oceano possa subir pela atmosfera e formar as enormes nuvens que originam estes fenômenos. Mas, o que o novo estudo indica, é que essa via é de mão-dupla — os furacões também ajudam o oceano a absorver e reter calor.

A explicação para isso está no fato de que as ondas geradas na tempestade “misturam” a água quente da superfície com a água fria em maiores profundidades. De acordo com os pesquisadores, elas fazem com que o calor chegue até quatro vezes mais longe. Nestes níveis, ele é afetado pela circulação de correntes oceânicas profundas, que farão com que a água quente viaje por milhares de quilômetros.


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Ilustração mostrando como o água quente, representada em vermelho, se mistura com a água fria (azul) durante e depois de um furacão. O calor fica retido nas profundezas de meses a anos após estes eventos (Imagem: Sally Warner/CC BY-ND)
Ilustração mostrando como o água quente, representada em vermelho, se mistura com a água fria (azul) durante e depois de um furacão. O calor fica retido nas profundezas de meses a anos após estes eventos (Imagem: Sally Warner/CC BY-ND)

O problema nisso é que o calor não consegue escapar por muito tempo — pelo menos alguns meses. Isso pode afetar espécies marinhas que não estão adaptadas a maiores temperaturas, em especial os recifes de corais. Além disso, o calor só vai ser liberado em grandes distâncias do local onde a tempestade ocorreu — os cientistas exemplificam com a medição de um tufão nas Filipinas cujo calor pode ter impactado o litoral do Equador.

Com as mudanças climáticas afetando a formação dos furacões, ciclones e tufões, é possível esperar que a capacidade destes fenômenos ajudarem a moldar as dinâmicas no oceano e na atmosfera cresça ainda mais.

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Fonte: Canaltech