Alguns cientistas preveem que o próximo máximo solar, período do pico de atividade no Sol durante os ciclos de 11 anos, pode ser maior que os anteriores. Embora determinados estudos anteriores discordem, é melhor prevenir do que remediar, mas será que precisamos mesmo nos preocupar?
- Explosões solares intensas ficam cada vez mais frequentes
- Ejeção de massa coronal causa rajada de rádio solar intensa
A cada ciclo solar de 11 anos, o Sol apresenta uma variação de atividade ainda pouco compreendida. Primeiro, nossa estrela apresenta um período de calmaria, que começa a desaparecer após cerca de cinco anos. Em seguida, o chamado máximo solar resulta em uma série de explosões e ejeções de massa coronal (EMC).
O ciclo atual é o 25º desde 1755 (quando começou o registro da atividade das manchas solares) e começou em 2019. No ano seguinte, o Centro de Previsão do Clima Espacial, que se encarrega de monitorar a atividade solar, se juntou a um painel de especialistas e todos concluíram que o máximo solar dessa década será semelhante ao anterior: fraco.
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Mas não é fácil prever o comportamento do Sol com muita antecedência e a prova disso é que as observações mais recentes mostram o contrário. A atividade solar dos últimos meses sugere um pico maior do que aquele registrado no máximo do ciclo 24, entre 2012 e 2014.
Naquela ocasião, o pico foi um dos menores em cerca de 100 anos, segundo Mathew Owens, professor de física espacial na Universidade de Reading, que pesquisa o clima espacial causado pela atividade solar e pelo máximo solar há 23 anos. Para este próximo pico, ele prevê um retorno aos níveis médios.
Como isso afetará a vida humana?
A resposta curta é: não nos afeta (por mais que alguma pseudo-ciência tente lhe convencer o contrário), pois a Terra é protegida por um campo magnético eficiente em direcionar as partículas solares aos polos do planeta.
Por outro lado, há uma preocupação com os instrumentos científicos e astronautas em órbita, as transmissões de rádio em solo e as redes elétricas. As erupções solares, ejeções de massa coronal e os raios de alta energia podem comprometer algumas dessas tecnologias — ou, na pior das hipóteses, todas elas.
Essa preocupação com as tecnologias é muito justificável, pois nos dias de hoje, em que somos dependentes delas como nunca, o número de satélites, redes elétricas e componentes eletrônicos é muito maior que nos ciclos solares anteriores.
Caso ocorram eventos severos capazes de derrubar redes elétricas por um período mais prolongado, o potencial de impactos sociais e econômicos é grande. Além disso, o hardware de satélites em órbita e da própria Estação Espacial Internacional podem ser prejudicados.
Contudo, é possível proteger esses equipamentos se os pesquisadores puderem prever os eventos potencialmente perigosos com um mínimo de antecedência. Claro, os especialistas em clima espacial já estão se preparando para isso e provavelmente os “ataques” do Sol não nos pegarão de surpresa.
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Fonte: Canaltech