Nesta quinta-feira (30), a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que o ano de 2023 será o mais quente da história recente do planeta, antes mesmo do início de dezembro. No fim de outubro, os termômetros já estavam 1,40 ºC acima da linha de base observada na época pré-industrial (1850-1900), podendo oscilar 0,12 °C para mais ou para menos. Os dados dos últimos meses não devem mudar essa tendência.
- Subida do nível do mar coloca cidades brasileiras em risco
- Buraco na camada de ozônio não está se regenerando
Segundo o relatório provisório da Organização Meteorológica Mundial (OMN), que é parte da ONU, a temperatura média global próxima à superfície do ano de 2023 já ultrapassou a observada nos dois anos que tinham batido os recordes anteriores — isso considerando os últimos 174 anos do planeta. Em 2016, a média foi de 1,29 ºC. Em 2020, chegou a 1,27 ºC.
Anteriormente, o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, tinha apontado para a mesma probabilidade envolvendo o recorde das temperaturas em 2023.
–
Baixe nosso aplicativo para iOS e Android e acompanhe em seu smartphone as principais notícias de tecnologia em tempo real.
–
Aumento das temperaturas
Por trás do recorde na temperatura média de 2023, a questão das mudanças climáticas, relacionados com emissões dos gases do efeito estufa, é uma das principais explicações.
Segundo a OMN, as concentrações dos três principais gases do efeito estufa (dióxido de carbono, metano e óxido nitroso) atingiram níveis recordes em 2022. “Dados em tempo real, coletados em locais específicos, mostram que os níveis dos três gases do efeito estufa continuam a aumentar em 2023 [na atmosfera]“, acrescenta o relatório.
Em consequência desse cenário, os oceanos estão mais quentes e as geleiras derretem. Por exemplo, as geleiras no oeste da América do Norte e nos Alpes europeus experimentaram um período de “derretimento extremo” este ano. “Na Suíça, os glaciares perderam cerca de 10% do seu volume restante nos últimos dois anos”, afirma o relatório.
A full month before the end of the year, the data already points to 2023 being the hottest year recorded in human history.
Today’s State of the Global Climate report shows we’re in deep trouble.
Leaders must get us out of it – starting at #COP28. https://t.co/CeBvWe3r2v
— António Guterres (@antonioguterres) November 30, 2023
Nas redes sociais, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que, a partir do relatório, é possível perceber que “estamos em sérios apuros”.
Início da COP28
Vale destacar que os dados sobre 2023 ser o ano mais quente da história recente foram divulgados no mesmo dia em que começa a Conferência da ONU sobre o Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O evento reúne representantes de todo o mundo para debater questões envolvendo o clima, como as melhores formas de evitar que a temperatura média do planeta fique abaixo de 2°C e avançar nos esforços para limitar o aumento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Trending no Canaltech:
- Governador do Amazonas quer cobrar da Amazon pelo uso da marca
- Descoberta geográfica revela como foram erguidas as pirâmides no Egito
- Pika 1.0 é a nova versão da IA que cria e edita vídeos
- Google vai apagar contas sem uso do Gmail nesta sexta (1º)
- WhatsApp deixa você proteger conversas com senha personalizada
- 10 IAs para criar imagens a partir de textos gratuitas
Fonte: Canaltech