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Ondas magnéticas podem ser responsáveis pelo calor da coroa solar

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A espaçonave Solar Orbiter forneceu dados que ajudaram os cientistas a dar mais um passo na solução de um dos grandes mistérios do Sol: a temperatura extrema da coroa solar. Eles encontraram pequenas ondas magnéticas de movimento rápido produzindo energia que, teoricamente, poderiam explicar o aquecimento coronal.

Quando vemos imagens do Sol, estamos observando a fotosfera, a superfície da estrela com temperaturas de aproximadamente 5.600 ºC. No entanto, a coroa solar, atmosfera mais externa e invisível do Sol, chega a milhões de graus Celsius.

Essa diferença de temperatura intriga os cientistas há décadas. Para descobrir as origens dela, eles investigam diversos eventos que ocorrem na fotosfera, que é por onde o calor escapa do interior da estrela, e em outras camadas da atmosfera.


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No estudo recente, publicado na revista The Astrophysical Journal Letters, os autores analisaram os dados de ultravioleta da Solar Orbiter para estudar um campo magnético um pouco menor que o diâmetro da Terra. Ele pode parecer enorme para nós, porém é uma das menores estruturas magnéticas da coroa solar.

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As três imagens em destaque à direita revelam diferentes ondas magnéticas (Imagem: Reprodução/Solar Orbiter/EUI)

Para isso, eles usaram o instrumento Extreme Ultraviolet Imager, a bordo do Solar Orbiter, que revelou oscilações rápidas nas nessas estruturas magnéticas e a energia liberadas por suas ondas de alta frequência. Segundo a equipe, esses pequenos eventos contribuem para o aquecimento coronal.

Em seguida, a equipe usou um método estatístico que incluiu outros estudos científicos sobre o tema, e concluiu que a contribuição das ondas de alta frequência para o aquecimento coronal é maior do que aquela das ondas de baixa frequência. Os próximos passos vão ser observar por mais tempo ondas magnéticas recém-descobertas na superfície do Sol.

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Fonte: Canaltech