A vastidão dos mares abriga coisas que a ciência ainda nem conhece, mas, graças aos avanços tecnológicos na oceanografia, a humanidade já pode alcançar até seus lugares mais profundos.
- 8 curiosidades sobre as profundezas do oceano
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Nos litorais, onde o oceano é mais raso, estamos na chamada plataforma continental. Nessa região, que pode se estender a até 500 quilômetros da costa, a profundidade aumenta suavemente até cerca de 150 quilômetros abaixo da superfície. Até as fossas oceânicas — os lugares mais profundos do planeta — há um grande caminho pela frente.

Composição do fundo do oceano
Depois da plataforma continental, os oceanos se tornam muito mais profundos rapidamente. Isso se deve aos chamados taludes ou declives continentais. Com uma inclinação acentuada, a profundidade aumenta rapidamente, podendo chegar aos 2.000 km ou mais, a depender do local. Assim como na plataforma continental, os materiais que recobrem essa região são predominantemente areia, rochas e lama — composta por sedimentos minerais e restos de organismos marinhos.
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
Em locais de afastamento de placas tectônicas— como é o caso do Oceano Atlântico entre o Brasil e a África — o que se segue é uma vasta planície abissal. Estas regiões alcançam de 3.000 a 6.000 km de profundidade e correspondem a quase 70% do oceano global. Apesar do nome, estas áreas não são totalmente planas, existem formações como colinas, vales e montes submarinos. Locais como esse não recebem luz solar e possuem uma fauna adaptada para estas condições.
Nas grandes profundezas
No centro das planícies abissais, encontramos as dorsais oceânicas — cadeias montanhosas nas profundidades do mar, onde as placas tectônicas estão, hoje, se separando. Para preencher o espaço deixado pelo lento afastamento delas, o magma no manto do planeta sobe, se integrando à crosta terrestre. É nessas regiões que se concentram as fontes hidrotermais oceânicas — as fumarolas — em que o calor do manto cria na água um ambiente que cientistas imaginam que seja próximo ao do surgimento da vida na Terra.

Se, quando as placas tectônicas se afastam, elas criam as planícies e as dorsais oceânicas, quando elas se encontram — e uma entra embaixo da outra — o oceano chega a suas maiores profundidades. São as chamadas fossas oceânicas — a maior delas é a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, com 10.920 km de profundidade.

A ausência de luz e a alta pressão nesses locais tornam as fossas habitats inóspitos, mas alguns peixes e, principalmente, bactérias quimiossintetizantes, ainda os habitam. Estas não usam a luz como fonte de energia e, sim, moléculas como o metano ou compostos de enxofre, ferro e nitrogênio.
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Fonte: Canaltech