Quando um terremoto de elevada magnitude acontece, é comum nos referirmos ao seu epicentro para descrever exatamente onde ele ocorreu. Mas como cientistas são capazes de determinar com precisão o ponto em que o tremor de terra se originou?
- Terremoto | 5 dos tremores de terra mais devastadores do mundo
- O que é e como se forma um terremoto?
Para entender o que é o epicentro de um terremoto, é necessário saber também o que é hipocentro. Este ponto menos famoso se refere ao local exato dentro da crosta terrestre em que houve a liberação de energia responsável pelo abalo sísmico. O epicentro, por sua vez, é a projeção deste ponto na superfície da Terra.

Como os terremotos se propagam
Os sismogramas — gráficos gerados pelos sismógrafos —, além de possibilitar o cálculo de magnitude de um terremoto, também ajudam a localizar o epicentro dele. Estes registros capturam o movimento de dois tipos de ondas sísmicas que se propagam pela superfície quando um terremoto acontece: as ondas P e as ondas S.
–
Siga no Instagram: acompanhe nossos bastidores, converse com nossa equipe, tire suas dúvidas e saiba em primeira mão as novidades que estão por vir no Canaltech.
–
Estas ondas podem ser comparadas à luz do relâmpago e ao som do trovão: se um observador está longe do local onde um raio caiu, ele verá a luz alguns segundos antes de ouvir o barulho. Uma diferença semelhante acontece entre as ondas sísmicas, já que as P se propagam mais rapidamente que as S.

A partir de um sismograma é possível calcular a distância da estação sísmica até o local em que o terremoto ocorreu. Só que há um problema: o gráfico não indica a direção que as ondas vieram, o que faz com que um único sismógrafo não consiga determinar o epicentro de um terremoto.
Calculando o epicentro de um terremoto
Mais dois sismógrafos em locais diferentes são necessários para determinar o local onde o tremor aconteceu. Isso é feito a partir de um processo chamado triangulação — nome dado justamente por serem três os sensores necessários.
São criados três círculos, cujos centros estão em cada estação sísmica que fez a leitura e cujos raios são equivalentes às distâncias calculadas pelos sismogramas. O epicentro está localizado no ponto em que os três círculos se encontram.

Na verdade, hoje em dia o processo hoje é feito automaticamente por computadores, mas é possível realizá-lo “na raça”, com lápis, papel e conhecimento.
Trending no Canaltech:
- Xiaomi lança walkie-talkie com alcance de 5 km e bateria para até 120 horas
- 5 motivos para NÃO comprar o Hyundai HB20S 2023
- 8 grandes novidades da One UI 5.1
- Filhos de pai superprotetor vivem menos, revela estudo
- 3 efeitos que as fases da Lua parecem causar nos humanos
- Status do WhatsApp ganham “Amigos Próximos”, posts em áudio e mais
Fonte: Canaltech