Icebergs, blocos de gelo de água doce que flutuam pelos oceanos nas proximidades dos polos do planeta, existem nos mais variados tamanhos. Eles têm origem em geleiras ou plataformas de gelo e são gerados a partir de uma fratura destes corpos maiores.
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Para receber o título de iceberg, na verdade, é necessário que o fragmento tenha, no mínimo, 500 metros quadrados — próximo a metade de uma piscina olímpica. O limite superior, porém, não existe: icebergs podem ser maiores que cidades ou até mesmo países.
Qual é o maior iceberg do mundo?
Os maiores icebergs do mundo são originados na Antártida, afinal, o continente é totalmente coberto por gelo. No Ártico, não há porção de terra alguma, apenas água do mar congelada.
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O Canaltech listou os cinco maiores icebergs de que se tem registro. Note que o nome deles é composto por uma letra — A, B, C ou D, correspondendo ao quadrante do mapa em que ele se originou, sendo A a região que se inicia no Meridiano de Greenwich até 90 graus a oeste dele. Já o número indica a sequência de icebergs originados naquele quadrante desde o início dos registros.
5. D-28
O D-28 não é o quinto maior iceberg que o mundo já viu, há pelo menos três maiores que ele, sendo que dois se desprenderam em 2021 do continente antártico. Ele, porém, é até hoje o maior iceberg que já se soltou em seu quadrante.
Com área inicial de 1.636 quilômetros quadrados, o D-28 chegou a medir 100 metros quadrados a mais do que toda a cidade de São Paulo. Sua origem foi a Plataforma de Gelo de Amery, em setembro de 2019.
4. C-19
Tendo se desprendido da Plataforma de Gelo de Ross em 2002, o iceberg C-19 chegou a medir 5.500 quilômetros quadrados, um pouco menor que o Distrito Federal brasileiro. Desde seu desprendimento, o iceberg já se rompeu em pedaços menores, que ganharam sufixos em seu nome para indicar sua origem: C-19A e C-19B.
O C-19 foi responsável por uma curiosa e preocupante consequência nas águas próximas à Antártida. No ano em que ele se formou, sua posição bloqueou a migração do gelo marinho no local, o que acabou por diminuir 90% a população regional de fitoplâncton, base da cadeia alimentar dos mares.
3. A-68
O iceberg A-68, com 5.800 quilômetros quadrados, foi o maior bloco de gelo separado da Antártida após os anos 2000. Desde sua origem em 2017, porém, o gigante seu dividiu em diversos pedaços menores
Todos eles já perderam significativamente sua massa de gelo, sendo que o maior dos seus “filhos”, o A-68A, se rompeu em 2020 enquanto ele ia rumo à Ilha Geórgia do Sul, um famoso “cemitério de icebergs.”
2. A-38
Com origem em 1998, o iceberg A-38 foi um excelente estudo de caso para os cientistas que desejavam ver toda a vida de um iceberg. Sua área inicial era de 6.900 quilômetros quadrados.
Logo após sua formação, o bloco já se rompeu ao meio, sendo que parte dele migrou em direção à Ilha Geórgia do Sul. No trajeto, o iceberg se dividiu em partes menores e todas elas desapareceram até 2004.
1. B-15
O maior iceberg já registrado pela humanidade, o B-15 teve origem na Plataforma de Gelo de Ross, chegando a ter mais de 11.000 quilômetros quadrados — uma área equivalente à da Jamaica. Mesmo o fragmento resultante de sua primeira quebra, chamado de B-15A, ainda era grande o suficiente para ocupar o terceiro lugar nesta lista.
Ainda existe um único fragmento do B-15 que tem a área mínima para ser monitorado. O B-15ab possui 20 km por 7 km e flutua próximo a região de Amery, no leste da Antártida.
E o iceberg do Titanic?
Apesar de ser provavelmente o iceberg mais famoso de toda a história, o responsável pelo acidente com o navio Titanic está bem longe dos recordistas. Estima-se que suas dimensões eram de 30 por 120 metros, o que gera uma área de 3.600 metros quadrados.
Além dos icebergs listados aqui, há relatos de um bloco de gelo cujas dimensões máximas de comprimento e largura seriam 333 por 100 quilômetros, o que resultaria em uma área maior do que toda a Bélgica. Porém, este iceberg data de 1956, quando ainda não haviam imagens de satélite, portanto suas dimensões são menos confiáveis.
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Fonte: Canaltech