Cientistas da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, desenvolveram uma ferramenta que permite o cálculo da pegada de carbono do armazenamento de dados digitais — mensagens, fotos, arquivos, e-mails — algo que vem cada vez mais se tornando uma questão ambiental com o crescente volume de informação produzida no dia a dia.
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Cada pessoa, atualmente, produz através de seus smartphones, computadores e outros dispositivos eletrônicos, dados suficientes para preencher 10 DVDs. Não temos a dimensão física destes dados, como tínhamos com estes discos que já caíram em desuso, mas isso não quer dizer que eles não ocupem um lugar real no mundo — nossos dados são armazenados em centros ao redor do mundo e precisam de espaço e energia para serem mantidos.
Especialistas estimam que, até 2025, o mundo terá cerca de 180 zettabytes de dados salvos nestes locais — o equivalente a reprodução de 6,8 bilhões de anos de filmes por streaming — algo que vai exigir uma abundância de energia para se manter. Para lidar com esse problema, os cientistas britânicos criaram uma forma para que companhias meçam o carbono gerado em cada fase da jornada dos dados — da sua origem, passando pela sua transmissão até seu armazenamento.
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O professor Tom Jackson compara a ferramenta com uma revisão de um automóvel. “Imagine levar seu carro a uma garagem onde um especialista examina meticulosamente cada aspecto do seu veículo.” A calculadora desenvolvida analisa cada etapa da mesma forma que um carro pode ter seus pneus, motor, freios, e suas outras peças conferidas individualmente para garantir seu funcionamento.
Com o enorme volume de dados constantemente produzidos hoje em dia, os pesquisadores esperam que sua ferramenta contribua para um futuro com emissões neutras no setor da tecnologia. “Com ela, organizações podem determinar a pegada de carbono de suas atividades relacionadas a dados e explorar abordagens que levem a menores emissões,” afirma Jackson.
Além de trazer um benefício para o planeta, o pesquisador diz que o processo de redução da pegada ecológica da armazenagem dos dados também pode trazer benefícios econômicos às empresas que o seguirem.
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Fonte: Canaltech
